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Série B fez bem para o Bahia

Por Agencia Estado
Atualização:

Quem disse que a Segunda Divisão é um péssimo negócio para um clube da chamada elite do futebol brasileiro? Para o Bahia, disputar a Série B não poderia estar sendo melhor. A equipe liderou a competição em várias rodadas na primeira fase, se classificou por antecipação e sua torcida já bateu três vezes o recorde de público no Estádio da Fonte Nova, considerando as Séries A e B. O maior público ocorreu na partida em que o Bahia venceu o Náutico por 3 a 1. A Fonte Nova registrou um público de 53.510 pagantes, recorde absoluto, bem mais que os 35.229 torcedores que pagaram para assistir a Corinthians 1 x 0 Palmeiras, maior público da Série A. O clássico paulista também perdeu para outras duas partidas do Bahia, contra o Joinvile (37 mil) e Fortaleza (39 mil pagantes) disputadas em noites chuvosas, que normalmente afugentam os torcedores. Na última partida da primeira fase na Fonte Nova, mais de 30 mil pagaram ingresso para ver a vitória do Bahia por 2 a 0 sobre o Paulista. Graças à boa campanha do time, o fiel torcedor do tricolor baiano (que não abandonou a equipe nem quando estava caindo para a Série B, no ano passado) voltou "de conforça" (conforme uma gíria baiana) ao estádio. Com isso, a média de público do clube chegou a um número fantástico, digno dos antigos Campeonatos Brasileiros, numa época em que a situação econômica do País não estava tão ruim: mais de 26 mil torcedores por jogo. Supera a dos dois clubes considerados de maiores torcidas no Brasil, o Corinthians (média de 15 mil) e Flamengo (7 mil), além de bater também a maior média do clube em Campeonatos Brasileiros - 25 mil por jogo em 1999 quando o Bahia também disputava a Segundona. Até o momento 315 mil torcedores assistiram aos jogos da equipe e esse número só não é maior porque a capacidade máxima da Fonte Nova, que no passado já abrigou 110 mil torcedores, foi reduzida por motivos de segurança para 55 mil. Contudo, a direção do Bahia conseguiu autorização para "ampliar" a capacidade para 60 mil torcedores nessa segunda fase. O espaço dos assentos pintados que no cálculo anterior previa 50 centímetros quadrados para cada torcedor foi reduzido para 45 cms. Porntanto, hoje, contra o Avaí, pode ser quebrado um novo recorde. O comandante do barco tricolor baiano é um velho conhecido da torcida paulista, o técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão, que se orgulha de ser o inventor do ??carrossel caipira?? quando treinava p Mogi Mirim. do interior de São Paulo. "Está sendo uma experiência maravilhosa, principalmente por causa da torcida baiana que é fantástica."

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