Servílio será enterrado nesta quinta

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Por Agencia Estado
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Quem conviveu com Servílio recorda-se o bom amigo que ele era. Não fazia distinção entre os que o cercavam. Era uma pessoa agradável naturalmente. Foi essa a impressão que deixou, por exemplo, no amigo Alfredo Mostarda, então um garoto quando se conheceram na Academia. "O Servílio foi uma das pessoas que mais me ajudaram no clube, mesmo eu ainda sendo um juvenil e ele já consagrado no time principal. Ele morava na rua São Jorge, lá perto do Corinthians. E eu vinha da Penha. Então, Servílio sempre me oferecia carona. Eu adorava, porque evitava de pegar o ônibus da linha Penha-Lapa. Íamos conversando sobre futebol. Era um cara sensacional", conta. Servílio de Jesus Filho, ex-meia-direita do Palmeiras (1963/68) - brilhou também na Portuguesa -, morreu na quarta-feira, de enfarto, aos 65 anos. O velório está sendo no Hospital do Picanço, em Guarulhos (SP). O enterro será nesta quinta-feira, às 14 horas, no Cemitério São Judas, em Guarulhos. Servílio deixa a mulher Dalva e os filhos Alessandro e Bárbara. Foi na segunda-feira que Alfredo Mostarda o viu pela última vez. Estava mais magro, mas com dificuldades para andar, subir uma escada, por exemplo. "Nos encontramos por acaso. Ele me deu um abraço forte e falou que estava fazendo, finalmente, um regime. Brincamos. Quando soube de sua morte, levei um grande susto. É uma pena." Mostarda e Servílio nunca chegaram a atuar juntos, a não ser em alguns coletivos. Com seu 1,84m de altura, Servílio sempre foi bem nas bolas aéreas. Era um exímio cabeceador. Brilhou na primeira Academia do Palmeiras, aquela comandada pelo técnico Filpo Nuñes, nos anos 60. "Era espetacular", diz Alfredo. "Deixará saudades." Servílio morreu trabalhando no futebol. Ele era um dos cooperados da Cooperativa Craques de Sempre, criada por ex-jogadores, que tem Badeco como presidente e Coutinho como vice. O ex-palmeirense dava aulas de futebol para meninos na periferia de São Paulo. "Era muito benquisto no meio. Uma pessoa especial, incapaz de fazer mal a alguém", diz Dudu, que atuou com Servílio durante cinco anos no Palmeiras. "Em campo, ajudava muito o time. Tinha na movimentação correta seu grande trunfo. Abria espaço para os companheiros. E nunca deu trabalho para qualquer treinador."

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