Sessão da CPI que votaria quebra de sigilos é adiada

CPI do Futebol só volta à pauta semana que vem

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Por Redação
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À pedido de um grupo de senadores ligados a Romero Jucá (PMDB-RR), aliado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a sessão da CPI do Futebol que estava programada para esta quarta-feira foi adiada. De acordo com o senador Romário (PSB-RJ), antes do início da reunião o grupo o procurou afirmando que não teve acesso a todas as informações da investigação. "Os senadores que não acessaram aos documentos são: Romero Jucá (relator da CPI), João Alberto (Souza, PMDB-MA), Fernando Collor (PTB-AL), Gladson Cameli (PP-AC), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Donizeti Nogueira (PT-TO)", explicou Romário. Por falta de quórum, a reunião acabou adiada para a semana que vem.

O senador Romário Foto: Beto Barata/AE

De acordo com o ex-jogador, estava prevista para a sessão desta quarta-feira a votação de 23 requerimentos (sendo 10 deles secretos) que pedem o demonstrativo de resultados e lucros e a quebra de sigilos bancários e fiscal do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 e de pessoas e empresas ligadas à CBF e a seus dirigentes. "Há graves indícios de irregularidades no COL. Também há entre os requerimentos o pedido de quebra de sigilo telefônico e de e-mail do atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e do ex-presidente preso, José Maria Marin, entre outros requerimentos. Posso afirmar que os fatos que descobrimos são bem piores do que imaginávamos. Encontramos indícios de muita corrupção e enriquecimento ilícito", garante o senador do PSB. Com base nessas investigações, Romário e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendem a prorrogação da CPI por pelo menos seis meses. O prazo atual para encerramento dos trabalhos é o dia 22 de dezembro. "Isto será fundamental para que possamos fazer os levantamentos que são objeto desta CPI", opina Romário. "Encontramos o fio da meada do esquema criminoso que, lamentavelmente, dirige o futebol brasileiro. Diante disso, temos que puxar o restante do novelo. Obviamente vamos precisar de mais prazo. Não tenho dúvida que os demais colegas apoiarão", completou Randolfe.

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