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Sobrevivente de tragédia, Follmann explica rescisão com a Chapecoense: 'A história nunca se apagará'

Ex-goleiro deixa cargo de embaixador do clube para focar na carreira de cantor e de palestrante motivacional

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Por Redação
Atualização:

Jackson Follmann, um dos seis sobreviventes da tragédia do avião da LaMia, que culminou com a morte da maior parte da delegação da Chapecoense, em novembro de 2016, usou as redes sociais nesta sexta-feira para explicar sua rescisão contratual com o clube. O ex-goleiro, que perdeu uma perna no acidente, vinha sendo embaixador da equipe, contrato este que terminou no último dia 23 de fevereiro.

"No dia 16 de março, assinei a rescisão de contrato com a Chapecoense. Contrato que tinha prazo até o dia 23 de fevereiro, onde ambas as partes optaram pela não renovação. Confesso para vocês que está sendo muito difícil para mim, pois é um vínculo muito forte que tenho com a instituição, mas, independentemente do que for acontecer daqui para frente, a história nunca se apagará", escreveu.

Follmann deixa cargo na Chapecoense Foto: Sirli Freitas/Chapecoense

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"Hoje não sou mais funcionário do clube, mas o meu carinho, respeito e admiração serão eternos. Eu tenho um carinho e paixão por Chapecó também, pois foi aqui que me casei, foi aqui que o meu filho nasceu e foi aqui que criei laços de amizade, que é o mais importante para mim nesse momento", disse o ex-goleiro.

Jackson Follmann é o segundo sobrevivente a deixar a Chapecoense. No início da temporada, após ajudar o time a conquistar o título da Série B do Campeonato Brasileiro, o lateral-esquerdo Alan Ruschel deixou o clube para reforçar o Cruzeiro. O ex-goleiro irá focar na carreira de cantor e continuará dando palestras motivacionais. "Hoje, sigo minha carreira longe da Chape, mas com a minha viola, o meu microfone, nos palcos cantando e motivando pessoas nas minhas palestras. É um novo ciclo que se inicia na minha vida", finalizou.

CARREIRA

Jackson Follmann, de 29 anos, foi revelado pelo Grêmio e passou por Juventude, Linense-SP e URT-MG, antes de ser contratado pela Chapecoense, no mesmo ano do trágico acidente aéreo. O avião caiu a caminho de Medellín, onde o clube iria disputar a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Após a queda, a equipe foi decretada campeã. Dos três sobreviventes, apenas Alan Ruschel voltou a jogar. Follmann virou embaixador e o zagueiro Neto exerce função na diretoria.

 

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