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Soma de fatores afasta palmeirenses

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Palmeiras foi vítima de uma estranha operação matemática nesta quarta-feira no Estádio Palestra Itália. Ameaça de chuva + ameaça de interdição do estádio + falta de dinheiro do torcedor para acompanhar a seqüência de jogos + temor de violência entre grupos organizados + desânimo com a derrota do time para a Portuguesa no domingo = pouco movimento nas arquibancadas. Para o Palmeiras, o jogo contra o Santo André, fora de campo, foi uma soma com resultado negativo. Nas imediações do Palestra Itália o que mais se via eram vendedores desanimados. "Acho que vim ao jogo errado", dizia Camila Maria da Conceição. Minutos antes do jogo ela aguardava fregueses na sua barraca de lanches na Rua Turiaçu. "Está pior do que o jogo contra a Portuguesa. Acho que o pessoal está sem dinheiro", se queixava. "Está tão estranho que nem parece jogo de Libertadores." Na visão da vendedora, a falta de dinheiro, no entanto, não é o único problema. "Aqui vem muita família e com esses problemas de violência ninguém está trazendo crianças." Chateado, o vendedor que só quis se identificar como Vanderlei tentava como podia vender suas camisas. "O povo está sem dinheiro. O pessoal olha a mercadoria e não leva nada." Como Camila, o vendedor acha que o movimento fraco não é resultado de apenas um fator. "Acho que outra coisa que atrapalha é esse horário de jogo (21h45). O pessoal que tem de acordar cedo para trabalhar no dia seguinte não vem. Só se for fanático." Com pouca gente no estádio, os policiais sobraram. Ainda sob efeito dos confrontos entre torcedores das organizadas Mancha Alviverde e Torcida Uniformizada do Palmeiras há cerca de dez dias, o efetivo se manteve reforçado. "Sinceramente estou surpreso com o movimento. Acho que o pessoal anda sem dinheiro e também o tempo chuvoso desanimou muita gente", disse o comandante do policiamento, coronel Marcos Marinho. Entre os associados, outros motivos colaboraram para o pouco público: a recente derrota do Palmeiras para a Portuguesa, pelo Campeonato Paulista, e a ameaça de interdição do estádio pela Justiça.

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