RIO - O volante Somália, do Botafogo, será intimado a prestar depoimento na delegacia da Barra da Tijuca (16° DP), na zona oeste do Rio, sobre falsa comunicação de sequestro-relâmpago na próxima quarta-feira.
O jogador alegou ter sofrido um assalto na semana passada para justificar seu atraso na reapresentação ao clube após o recesso, o que resultaria, de acordo com o seu contrato, num desconto de 40% do seu salário.
"A gente espera que o jogador fale a verdade e assuma seu erro", disse neste sábado, 8, o delegado Allan Turnowski, chefe da Polícia Civil do Rio.
Somália registrou o suposto sequestro de duas horas na delegacia, mas os policiais usaram imagens do circuito interno do prédio do jogador para concluir que ele havia chegado em casa de madrugada e permanecia no local no horário em que alegou estar sob o poder de assaltantes.
O jogador será indiciado por falsa comunicação de crime, que tem pena prevista de um a seis meses de prisão. "A pena é baixa, ele tem direito a responder em liberdade. Normalmente se paga uma cesta básica. Mas é um crime", afirmou Turnowski.
O delegado lembrou que queixas falsas ocupam equipes de investigação e prejudicam a apuração de crimes verdadeiros. Ele afirmou que a polícia faz campanhas para alertar os cidadãos de que a prática é criminosa.