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'Sou um exilado esportivo', diz Maradona

Ídolo argentino vira assessor de espetáculos esportivos em Dubai e afirma ter nojo do futebol nacional

Por ARIEL PALACIOS e correspondente
Atualização:

BUENOS AIRES – O ex-técnico Diego Armando Maradona declarou que considera-se um “exilado esportivo”. Maradona sustenta que não pode trabalhar em seu país porque “na Argentina mandam os Grondona”, em referência ao presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Julio Grondona, e seus filhos, com os quais manteve uma relação marcada pela tensão na maior parte das últimas duas décadas. “O futebol me abandonou”, disse Maradona, que no ano passado, quando insinuou que gostaria de voltar à Argentina para ser técnico do Boca Juniors, sofreu uma negativa ostensiva por parte dos torcedores boquenses, segundo indicaram várias pesquisas na época.Embora os torcedores argentinos recordem com saudade os tempos em que Maradona protagonizou a vitória da seleção de seu país na Copa do México de 1986, não possuem uma boa imagem dos últimos anos profissionais de “El Diez”. Depois da eliminação na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, Maradona, além de brigar com o poderoso Grondona, também entrou em confronto com grande parte do jornalismo argentino. O outrora “El Pibe de Oro” (O Garoto de Ouro), considera que estes confrontos o impedem atualmente de comandar um clube dentro da Argentina.Demitido no ano passado do Al Wasl, “El Diez” está morando em Dubai, onde assessora empresas para espetáculos esportivos. Nessa cidade, no dia 15 de janeiro, Maradona declarou que não tinha intenção de retornar ao esporte em seu país: “não volto mais ao futebol argentino, pois me dá nojo”. Enquanto o ex-jogador está no Golfo Pérsico, sua ex-namorada, Verônica Ojeda, espera sozinha em Buenos Aires a reta final da gravidez. Ela espera um filho de Maradona, que é repudiado pelas filhas adultas de “El Pibe de Oro”, Dalma e Gianina, filhas do casamento com Claudia Villafañe.

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