
17 de março de 2016 | 16h14
"O gabinete do procurador-geral iniciou investigações a este respeito e realizou pesquisas e depoimentos. Nenhuma detenção foi realizada", afirma o documento. O caso foi aberto "em resposta a duas queixas-crime em que acusações foram feitas" após uma investigação do Comitê de Ética da Fifa.
A Fifa suspendeu Valcke de futebol por 12 anos no mês passado. Ele foi acusado de várias acusações de comportamento antiético desde que foi escolhido por Blatter em 2007 para ser o secretário-geral da Fifa. Seu dever principal era supervisionar os preparativos para as Copas do Mundo de 2010 e 2014.
O francês foi acusado de destruir provas durante o inquérito na Fifa, que foi aberto após acusações de que ele procurou lucrar com a venda de ingressos para a Copa de 2014, no Brasil, através do mercado negro, se utilizando de acordo com um parceiro da entidade.
Os juízes do Comitê de Ética da Fifa também puniram Valcke pela utilização de jatos particulares para uso pessoal, além de preparar um acordo para vender os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2018 por valores subvalorizados.
Em janeiro, então, foi demitido da Fifa. Ele era esperado para ser uma testemunha nas investigações federais conjuntas da Suíça e dos Estados Unidos sobre corrupção envolvendo dirigentes da Fifa.
O processo contra Valcke foi aberto no mesmo dia em que a entidade revelou pela primeira vez as remunerações de seus altos dirigentes, sob o seu novo compromisso com a transparência financeira. Valcke recebeu 2,125 milhões de francos suíços (aproximadamente R$ 8 milhões) em 2015, sem bônus, informou a entidade em seu balanço anual.
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