09 de outubro de 2015 | 09h58
As autoridades suíças aprovam a extradição de um sexto cartola da Fifa preso em maio de 2015 em Zurique. Nesta sexta-feira, o Departamento de Justiça deu o sinal verde para a extradição de Costas Takkas, ex-dirigente da Concacaf e braço direito do comando do futebol das Ilhas Cayman. Dos sete presos em maio, resta apenas um na prisão de Zurique: José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
Takkas é acusado nos EUA de pedir e receber subornos de milhões de dólares para o então presidente da Concacaf, Jeff Webb, na vendas dos direitos de marketing dos jogos eliminatórios das Copas de 2018 e 2022. “As condições para a extradição estão reunidas”, disse Berna, em um comunicado.
Blatter apresenta recurso contra suspensão
Ao pedir propinas, Takkas teria “influenciado de forma substancial” a concorrência e “distorceu o mercado”. “Outras empresas de marketing ficaram em uma situação de desvantagem e as federações de futebol foram impedidas de negociar acordos mais favoráveis”, disse a Suíça. Takkas ainda poderá recorrer da decisão.
Além dele, a Suíça já deu o sinal verde para a extradição de Eugênio Figueredo, Rafael Esquivel, Eduardo Li, Julio Rocha e Jeff Webb aos EUA, onde todos são acusados de corrupção.
Marin, assim, é o último dos sete presos a ser considerado pela Justiça e seus advogados já indicam que ele pode até mesmo abrir mão de um recurso.
Com um apartamento nos EUA, ele teria possibilidade de pagar uma fiança milionária, o que o permitiria aguardar o julgamento em sua residência. Pessoas que estiveram com o brasileiro indicaram que, depois de mais de quatro meses na prisão em Zurique, ele mostra claros sinais de querem ver uma definição para seu caso. Uma fiança, porém, poderia custar quase R$ 40 milhões.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.