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Técnico alemão lembra de 2006 e entende choque e dor do Brasil

Joachim Löw diz que pressão sofrida pelos anfitriões pode ser um grande fardo. Em 2006, Alemanha perdeu para a Itália na semifinal

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Por Redação
Atualização:

O treinador da seleção alemã, Joachim Löw, afirmou para uma rede de TV da Alemanha, após o massacre de sua equipe sobre o Brasil por 7 a 1, nesta terça-feira, no Mineirão, que ele entende o choque e a dor que o Brasil inteiro sente depois da derrota em casa, lembrando que os alemães sentiram o mesmo em 2006, quando a equipe perdeu em casa para a Itália, também na semifinal.

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"Nós ficamos chocados também e experimentamos a mesma coisa em 2006", declarou Löw. "Eles ficaram em choque e não esperavam cair naquela fase. Além disso, o confronto contra o Brasil foi fácil para nós", completou o treinador, que foi auxiliar técnico de Jürgen Klinsmann em 2006, quando a Alemanha foi eliminada pela Itália por 2 a 0 na prorrogação, com gols de Grosso e Del Piero.

Para Löw, a enorme pressão sofrida pelos anfitriões por jogar em casa pode terminar sendo um fardo muito grande. "Tínhamos grandes esperanças em 2006 também e pude sentir a pressão que os times da casa têm em um jogo como este", lembrou o alemão. "Todos os 200 milhões de habitantes querem que o time vá até a final. Isso pode desgastar muito os jogadores. Sinto muito por ele (o técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari). Acho que sei como ele se sente."

O técnico alemão mostrava satisfação com a sua equipe, que guardou a sua melhor apresentação nesta Copa para o duelo contra o Brasil na semifinal, o que serviu para afastar lembranças da tensa vitória sobre 2 a 1 na prorrogação contra a Argélia, nas oitavas de final, em Porto Alegre. A atuação neste confronto levou a críticas contra a forma de armar o time de Löw na Alemanha.

"Cinco gols em 18 minutos - fica claro que eles (brasileiros) estavam em choque e não sabiam o que fazer", afirmou o treinador. "Cada um fez a sua função hoje (terça) com muita concentração. Mas isso tem de continuar. Precisamos permanecer humildes. Não queremos supervalorizar isso. Temos de ficar concentrados até domingo."

Löw afirmou que não tem preferência por Argentina ou Holanda na final. "Obviamente, vamos celebrar um pouco à noite. Mas temos de iniciar nosso foco imediatamente amanhã (quarta) para o próximo jogo," alertou o treinador. "Mas não estou preocupado com isso. Todos os jogadores têm seus pés firmemente no chão e eles não vão deixar isso (a vitória) subir nas suas cabeças", completou Löw.

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