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Técnico Felipão não resiste à pressão e é demitido pelo Palmeiras

Após queda na Libertadores e derrota para o Flamengo por 3 a 0 no Brasileirão, treinador deixa o cargo

Por Ciro Campos
Atualização:

Luiz Felipe Scolari não é mais técnico do Palmeiras. O treinador foi demitido pelo presidente Mauricio Galliote nesta segunda-feira. Ele não resistiu à pressão pela eliminação da Libertadores e de mais uma derrota no comando da equipe - no domingo, o time perdeu por 3 a 0 para o Flamengo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.

Em sua terceira passagem pelo clube, o treinador acumulou cinco eliminações em torneios mata-mata. Sua grande conquista neste período foi o Brasileirão do ano passado. Ele assumiu o time na sétima colocação e levou ao título. Ao todo, foram 76 jogos, com 46 vitórias, 21 empates e nove derrotas. Juntamente com Felipão, foram demitidos os auxiliares Paulo Turra e Carlos Pracidelli. 

Felipão vê o time perder para o Grêmio e ser eliminado da Libertadores deste ano Foto: JF Diorio/Estadão

Depois da parada para a disputa da Copa América, o Palmeiras não venceu mais nenhum jogo no Campeonato Brasileiro e despencou do primeiro para o quinto lugar, com um jogo a menos do que os demais adversários. O mesmo período teve como pontos baixos as eliminações na Copa do Brasil, diante do Inter, e na Copa Libertadores, para o Grêmio, na última semana.

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O antecessor de Felipão, Roger Machado, foi demitido em julho de 2018 após ter conquistado apenas 43% dos pontos disputados nos dez últimos compromissos oficiais. Outras sequências negativas também derrubaram nomes como Oswaldo de Oliveira, Marcelo Oliveira e Eduardo Baptista em temporadas anteriores.

Felipão era o principal alvo de críticas da torcida pela mau momento da equipe. No mês passado, torcedores do Palmeiras ligados à principal organizada do clube foram à porta da Academia de Futebol protestar antes do clássico com o Corinthians. Uma das faixas questionava: “Felipão dono do Verdão?”. Outras faixas traziam os dizeres “Diretoria omissa” e “Ninguém morreu... ainda”.

O Palmeiras acumula no Brasileirão sete rodadas consecutivas sem vencer. O pífio aproveitamento de 23,8% na competição nacional tirou o time da liderança e o colocou na quinta posição, com 30 pontos, seis atrás do líder Flamengo e do Santos, o segundo colocado. Os próximos compromissos serão no sábado, em Goiânia, contra o Goiás, às 21h, e depois o time receberá na terça-feira, dia 10, o Fluminense, no Allianz Parque, em jogo atrasado da competição.

Scolari vinha sendo muito criticado por suas escolhas na escalação da equipe. Contra o Flamengo, por exemplo, ele levou a campo três volantes. Matheus Fernandes começou como titular ao lado de Felipe Melo e Bruno Henrique, mas o esquema não funcionou e o adversário foi amplamente superior. A dupla de zaga inédita formada por Gómez e Victor Hugo também não evitou que o Flamengo dominasse as ações ofensivas. Ele nem chegou a levar para o Rio de Janeiro o atacante Deyverson e o meia Zé Rafael, suas apostas no segundo tempo da derrota para o Grêmio na Libertadores na semana passada.

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A avaliação interna foi de que o treinador já não tinha mais capacidade de recuperar a confiança do elenco e conseguir conquistar os resultados novamente. Ele mesmo admitiu que “a parte anímica atuou um pouco mais sobre os jogadores” na derrota para o Flamengo. O treinador também reconheceu que não estava mais conseguindo atingir “a parte psicológica” do elenco.

Confira nota oficial do Palmeiras:

A Sociedade Esportiva Palmeiras decidiu, no início da noite desta segunda-feira (2), encerrar o vínculo de trabalho com o treinador Luiz Felipe Scolari.

Juntamente com ele, deixam os cargos os auxiliares Paulo Turra e Carlos Pracidelli.

O clube reafirma seu respeito e admiração por toda a história do técnico Felipão no Palmeiras. Em relação a esta recente passagem, o Alviverde agradece por todo o trabalho e dedicação, que resultaram na conquista do Campeonato Brasileiro de 2018.

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