Publicidade

Telê pode receber alta em cinco dias

"Ele saiu do CTI, falando, conversando, está no quarto agora e esperamos que dentro de cinco dias ele já possa voltar para casa", garantiu o filho Renê.

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-técnico da Seleção Brasileira, Telê Santana, deixou nesta sexta-feira pela manhã o Centro de Terapia Intensiva (CTI) e foi transferido para um quarto do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte. Telê, de 72 anos, foi submetido na quinta-feira a uma cirurgia de revascularização do fluxo sangüíneo da perna esquerda. De acordo com boletim médico divulgado nesta sexta-feira pela manhã, o ex-treinador apresentava "boa evolução do ponto de vista clínico e cirúrgico". Um novo boletim foi divulgado no início da noite, informando que o paciente estava "evoluindo até o momento, sem complicações importantes, estável hemodinamicamente, lúcido e cooperativo". A intervenção cirúrgica durou cerca de quatro horas e tinha por objetivo resolver um problema de má circulação do membro esquerdo inferior de Telê. Os problemas circulatórios na perna acabaram levando também a uma intervenção em um dos dedos do pé. Ele ainda se submeteu a uma operação de dilatação do canal urinário. "Está tudo sob controle", garantiu Renê Santana, filho de Telê. Segundo ele, a previsão é que dentro de cinco dias o ex-técnico tenha alta médica. "Ele saiu do CTI falando, conversando, está no quarto agora e esperamos que dentro de cinco dias ele já possa voltar para casa". A assessoria de comunicação do Felício Rocho, porém, informou que a equipe médica ainda não havia divulgado nenhuma previsão de alta. A operação foi chefiada pelo cirurgião vascular Caetano Lopes e acompanhada pelo médico da família do ex-treinador, José Olinto Pimenta Figueiredo. Renê disse que a cirurgia já estava programada e foi adiada porque o ex-técnico viajou há duas semanas para São Paulo, onde foi homenageado com o título de cidadão honorário da capital paulista - oferecido pela Câmara Municipal - e pelos dez anos da conquista do bicampeonato mundial do Tricolor, na época sob o seu comando. "Gladiador" - A trajetória esportiva de Telê foi interrompida em 1996, quando ele ainda dirigia o São Paulo e sofreu uma isquemia cerebral. A doença deixou seqüelas no ex-técnico, impondo-lhe limitações na fala e nos movimentos. "Ele sempre foi um gladiador, e nessas horas é que a gente vê esse guerreiro que ele sempre foi, que ele é", comentou Renê. Telê Santana comandou a Seleção Brasileira nas Copas de 1982 e 1986. Além do São Paulo, treinou também diversos clubes nacionais. A data deste sexta-feira marcou os 32 anos do título brasileiro do Atlético-MG, em 1971, considerado o mais importante da história do clube mineiro, então dirigido por Telê.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.