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Blatter não vai ao Brasil para os 100 anos de Havelange

Ex-presidente da Fifa teme ser preso

Por Jamil Chade e correspondente em Genebra
Atualização:

Joseph Blatter, o afilhado político de João Havelange na Fifa, não vai ao aniversário de 100 anos do ex-cartola. Nesta semana, o brasileiro completa um século de vida. Havelange, em 2009, usou seu discurso diante do COI para pedir votos ao Rio de Janeiro para sediar o evento olímpico em 2016. E lembrou que esse seria um presente para seu 100º aniversário. Desde então, porém, o brasileiro perdeu o cargo de presidente de honra da Fifa por um escândalo de corrupção e foi obrigado a deixar o COI por "razões médicas". Sua saída ocorreu uma semana antes de a entidade se pronunciar por conta do mesmo escândalo de propinas. 

Para a comemoração, um dos homens presentes será Walter Gagg, representante do alto escalão da Fifa. "Vou ao Brasil para a festa", confirmou à reportagem. A jornalistas estrangeiros, porém, Blatter explicou que seus advogados recomendaram que não deixasse a Suíça enquanto sua situação legal não estivesse resolvida. O risco era de que, ao deixar o país, ele poderia ser extraditado aos EUA. O ex-dirigente da Fifa é suspeito de irregularidades em sua condução da entidade, investigado tanto nos EUA quanto na Suíça. "Meus advogados disseram: por favor, enquanto houver algo contra você, fique na Suíça. A Suíça nunca vai te entregar", explicou.

Ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter foi testemunha em audiência de Platini na CAS Foto: Laurent Gillieron| EFE

Desde que o processo começou em maio de 2015, Blatter deixou o país em apenas uma ocasião para uma visita ao presidente da Rússia, Vladimir Putin. Mas Blatter também alegou que não iria ao Brasil "nessa época perturbada" do País.

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