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Tevez x Magrão: Apache bateu Heliópolis

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Por Agencia Estado
Atualização:

Forte Apache venceu Heliópolis. Tevez foi mais do que Magrão - principalmente pela habilidade e velocidade. Na raça, na vontade de vencer - talvez até por haverem nascido e crescido em bairros tão pobres e carentes das periferias de Buenos Aires e São Paulo - os dois se igualaram no clássico. A dupla não tem mesmo medo de cara feia. Não há zagueiro que goste de marcar Tevez. Ele se movimenta muito, busca o jogo, pede a bola e quando a tem, encara quem estiver pela frente. Busca um ritmo de jogo frenético, contrário ao estilo pausado que Magrão buscava. Atrás do meio de campo, fazia a bola rolar, como aos seis minutos, quando acionou Corrêa pela direita. Tentava também um ou outro lançamento. Os dois estiveram pela mesma zona de campo logo em seguida. Gláuber avançou, mas Tevez, recuado, lhe roubou a bola e avançou com ela, em alta velocidade. Foi parado com uma falta de Nen no lado direito do campo. Roger marca e Magrão reclama muito, levando cartão amarelo. A participação de Tevez - carrinho, velocidade com a bola e falta recebida - é o tipo de lance que derruba a teoria que Magrão, em evidente ato corporativo, tentou construir na semana de clássico. Tevez está, sim, há pouco tempo no clube, mas não vai precisar de muito para ocupar um lugar bem mais alto do que Gil teve um dia. Aos dez minutos, novamente como se fosse Magrão, Tevez desarma Daniel e recebe falta. Aos 20 minutos sofre nova falta, a terceira no jogo. O argentino não pára, movimenta-se da direita para a esquerda, da esquerda para a direita. Magrão tenta fazer seu time andar. Lança Fabiano na esquerda e corre para cabecear. Gláuber chega antes e atrapalha tudo. Aos 34, ele mostra a velha raça. Com o rosto machucado em um escanteio, reclama muito ao precisar sair para receber atendimento médico. Volta com uma faixa na cabeça e sofre falta de Gustavo Nery, que leva cartão amarelo. E Tevez quase faz um belo gol, aos 42 minutos. Tenta encobrir Marcos, mas o goleiro palmeirense cumpre seu papel e salva o time. Magrão começou o segundo tempo atuando pelo menos vinte metros a frente do que fizera na primeira metade do jogo. Ele joga como meia, chutando e buscando o gol de empate. Foram duas cabeçadas e uma falta cometida em quatro minutos. Tevez, nada. Até receber bolas. De costas, enrosca-se com os zagueiros. Sofre faltas. Faz faltas. Como a que sofreu de Daniel, aos oito minutos. E aí, finalmente, acontece o primeiro encontro Magrão-Tevez. O argentino recebe um pisão, levanta, encara e, quando a confusão termina, dá um tapinha na bunda de Magrão. Eles voltam a se encontrar mais duas vezes, uma falta de cada um. Aos dez, Tevez faz o gol anulado. Aos 30, passa a jogar mais recuado, com a entrada de Gil. Dá bons passes. Magrão tenta marcar, de cabeça. Mas, aos 40, faz sua melhor jogada. Na sua área, desarma Bobô e salva o gol. Mais dois minutos e Daniel faz o pênalti desnecessário. Depois, Gláuber e Gustavo Nery brigam. Tevez também. Empurra Gláuber, é empurrado por Corrêa e se enrosca com Adriano Chuva. Fim de jogo. Tevez sai e não olha para Magrão. É o vencedor.

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