O meia brasileiro naturalizado italiano Thiago Motta, do Atlético de Madrid, aconselhou nesta quinta-feira o meia-atacante brasileiro Ronaldinho Gaúcho, de quem foi companheiro no Barcelona, a deixar a equipe catalã, e responsabilizou o presidente e o diretor-esportivo do clube, Joan Laporta e Aitor Txiki Begiristain, pelas indefinições no destino do jogador. Veja também: Ronaldinho pode ir para o Chelsea no final da temporada Motta acusou Laporta e Begiristain de serem os "verdadeiros culpados" pelas dúvidas acerca do futuro de Ronaldinho Gaúcho, e ressaltou que se estivesse na pele de seu amigo, "não ficaria em um lugar onde as pessoas estejam tentando prejudicá-lo". "Mas se Ronaldinho Gaúcho sair, também têm de sair os verdadeiros culpados: Laporta e Txiki. Eles tinham que ter a vergonha de dizer: 'Vou embora porque já não tenho nada a fazer aqui", disse o volante. Motta reconheceu que Ronaldinho cometeu alguns erros, e tem sua parcela de culpa na situação, mas insistiu em apontar os dirigentes do próprio clube como os principais responsáveis pela atual situação. "São os primeiros a fazer as coisas de maneira errada, e não o assumem. O que tentam fazer nesta temporada é buscar outro culpado, como já fizeram na temporada passada. Mas os culpados são eles próprios, e todos sabem disso. Eu acho muito difícil que as coisas mudem, enquanto estas pessoas permanecerem no clube." Motta também criticou a atitude do ex-jogador holandês Johan Cruyff, também ex-treinador do clube e um dos maiores críticos das atitudes do brasileiro. "Ele já faz isso há muito tempo, e com a idade que tem, não vai mudar. Mas Ronaldinho tem de permanecer tranqüilo, pensar no que fez de bom e no que fez de ruim, e continuar trabalhando", afirmou. O jogador do Atlético também lamentou as pressões sobre seu ex-treinador no Barça, Frank Rijkaard, que disse ser "um grande técnico, quando pensa por si próprio". "Mas as pessoas que lhe influenciam de fora são as verdadeiras culpadas, e estão prejudicando o clube", concluiu.