Um dos maiores ídolos da história recente do Barcelona está retornando ao clube espanhol. Xavi Hernández, ex-jogador e ídolo catalão, foi liberado pela Al-Sadd, equipe do Catar na qual é o treinador desde 2019, para acertar seu retorno à Espanha. Os árabes anunciaram nesta sexta-feira que o Barça vai pagar a cláusula de rescisão do técnico no valor de 5 milhões de euros (R$ 32 milhões na cotação atual). Mas o clube espanhol não confirma isso. Ele ocuparia a vaga de Ronald Koeman, demitido após sequência de resultados negativos.
O CEO do Al-Sadd, Turki Al-Ali, disse em comunicado que seu clube "concordou em cooperar com o Barcelona" e ressaltou que Xavi "é uma parte importante da história do Al-Sadd".
O Barcelona enviou seu vice-presidente Rafa Yuste e seu diretor de futebol Mateu Alemany a Doha, capital do país árabe, na quarta-feira para conduzir as negociações. Joan Laporta, atual mandatário do clube espanhol, não viajou para o Catar com a comitiva para a 'operação Xavi'.
As negociações por pouco não avançaram. Ainda na quarta-feira, Turki Al-Ali havia insistido que Al-Sadd estava disposto a "manter Xavi", e essa posição parece ter sido válida nas negociações, de modo que o Barcelona teria de pagar o valor da multa contratual para contar com os serviços do ex-jogador.
"O Xavi informou-nos há poucos dias da sua vontade de ir para o FC Barcelona nesta altura, devido à fase crítica que o clube da sua cidade atravessa, compreendemos e decidimos não interferir no seu caminho", acrescentou Turki Al-Ali no comunicado oficial.
Segundo jornais espanhóis, a expectativa é de que Xavi seja anunciado oficialmente ainda nesta sexta-feira. Ele embarcaria para a Espanha neste sábado e já começaria a trabalhar no clube catalão na segunda-feira. O treinador deve levar toda a sua comissão técnica, formada por espanhóis, para o Barcelona.
Xavi começou a treinar o Al-Sadd em 2019, mesmo ano em que pendurou as chuteiras atuando pelo clube árabe aos 39 anos. Anteriormente, fez toda a sua carreira no Barcelona, onde atuou profissionalmente por 18 temporadas, até deixar a equipe catalã em 2015. Com a camisa blaugrana, conquistou quatro vezes a Liga dos Campeões e oito vezes o Campeonato Espanhol.