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Times mais ricos da América do Sul, Flamengo e River fazem final que vale R$ 1,3 bilhão

Clubes levam para a decisão da Libertadores, em Lima, elencos com jogadores badalados e elevado potencial financeiro das diretorias

Por Ciro Campos
Atualização:

A final da Copa Libertadores, no sábado, reúne não só os dois times mais fortes, como também os mais ricos da América do Sul. Flamengo e River Plate chegam à decisão em Lima graças ao poderio financeiro e à capacidade de contratar reforços e montar os elencos mais caros do continente. Juntos, os dois times valem no mercado cerca de R$ 1,3 bilhão segundo avaliação do site alemão Transfermrkt, especializado em transferências de jogadores.

Desse total, quem desponta como o mais rico é o time argentino. Apelidado historicamente de Millonarios, o River Plate faz jus à fama e tem o elenco avaliado em R$ 721,4 milhões, ante R$ 585,7 milhões do Flamengo. A grande diferença no valor se explica principalmente pelo River ter no plantel mais jogadores jovens e, portanto, com potencial maior de serem valorizados nas negociações.

Jorge Jesus comanda treino do Flamengo em Lima Foto: Martin Mejia/AP

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A montagem dos elencos finalistas desta Libertadores exigiu pesados investimentos da diretoria. O River Plate abriu os cofres principalmente no início do ano passado, quando aplicou cerca de R$ 152 milhões para se reforçar com nomes como Armani e Lucas Pratto, protagonistas do título continental. Já o Flamengo, gastou para valer na virada para 2019. Foram aproximadamente R$ 190 milhões com Bruno Henrique, Arrascaeta, Rodrigo Caio e outros mais.

Como suporte de todo esse investimento, estão diretorias que nos últimos anos se organizaram para dar estabilidade a compras robustas no mercado. Segundo estudo da consultoria Sports Value, apenas nos nove primeiros meses deste ano o time carioca teve receita estimada de R$ 700 milhões, graças a fontes de recursos como patrocínio, direitos de televisão e bilheteria. A projeção é que neste ano o custo com o departamento de futebol alcance os R$ 500 milhões.

 

O mesmo levantamento mostrou que o River Plate vive na Argentina uma poderio parecida ao do Flamengo. No ano passado o clube enriqueceu ainda mais. O título da Libertadores e o programa de sócio torcedor garantiram o clube ter o maior faturamento da história: R$ 244 milhões. Por outro lado, manter um elenco tão estrelado consumiu na temporada passada cerca de R$ 122 milhões.

As folhas salariais também são elevadas. De acordo com estimativa de Amir Somoggi, responsável pelo estudo da Sports Value, em 2018 o Flamengo gastou ao longo do ano até R$ 244 milhões com os vencimentos mensais dos jogadores. No River, por sua vez, o custo foi de R$ 80 milhões anuais. Os números podem parecer distantes, mas segundo Somoggi os dois finalistas estão na verdade mais próximos quando se trata de gasto. A diferença se explica principalmente pelo câmbio das moedas.

Uma cifra em comum une as duas equipes: o salário do treinador. O português Jorge Jesus e o argentino Marcelo Gallardo recebem por mês cerca de R$ 1,5 milhão, um valor bem acima da realidade dos demais colegas do futebol local.

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