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Tirone sofre pressão interna no Palmeiras para desistir de Riquelme

Membros do COF argumentam que, por condição física, não vale a pena investir no jogador

Por Daniel Batista
Atualização:

SÃO PAULO - O presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, tem sofrido nos últimos dias muita pressão de conselheiros e membros do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do clube para desistir da contratação do meia Riquelme. Os críticos da aquisição do meia argentino argumentam que, pela sua condição física e seu comportamento, não vale a pena investir tanto no jogador.Pessoas ligadas ao presidente alegam que o Palmeiras ofereceu para Riquelme algo em torno de US$ 300 mil mensais (cerca de R$ 624 mil). Tirone não fala em valores, mas admite que foi feita uma proposta oficial ao jogador, tanto que o vice-presidente do clube, Roberto Frizzo, e o gerente de futebol César Sampaio foram para a Argentina conversar diretamente com o atleta.Riquelme jogou pela última vez no dia 4 de julho, data em que o Boca Juniors perdeu o título da Libertadores para o Corinthians. Desde então, o jogador treina com um personal trainer e teve seu contrato com o Boca suspenso. O meia alegou que não tinha mais condições físicas de atuar pelo seu time de coração. Por isso, iria decidir se mudaria de equipe ou se aposentaria. Dias depois, Riquelme admitiu que gostaria de atuar no futebol brasileiro e que havia desistido de pendurar as chuteiras. Quem é contra sua contratação alega que não faz sentido o Palmeiras ir atrás de um jogador que já admitiu publicamente que não tem condições físicas de atuar nem mesmo por seu time de coração. Além da questão física, na Argentina é comum surgirem histórias de que Riquelme é desagregador e se considera uma estrela, e isso poderia piorar ainda mais o ambiente do grupo palmeirense, combalido pelo rebaixamento para a Série B.Enquanto isso, a novela envolvendo a possível contratação do jogador continua. O técnico do Boca, Carlos Bianchi, ainda tenta convencer o meio-campista a permanecer na Argentina para jogar pelo menos a próxima Libertadores. O atleta, porém, ainda não se pronunciou sobre o caso.

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