PUBLICIDADE

Tite prevê jogo feio em Curitiba

Por Agencia Estado
Atualização:

Os jogadores do Corinthians têm ordens expressas de Tite para esquecer o quesito qualidade no jogo de domingo contra o Paraná, às 18h, em Curitiba. O treinador programou o time para se proteger das armadilhas do péssimo gramado do Pinheirão. Chegou até a sugerir que a equipe esqueça as tabelas ou qualquer outro tipo de jogadas que exija apenas um toque. "Nesse gramado, a saída é jogar em três tempos", sintetiza o treinador. Na linguagem de Tite, jogar em três tempos significa parar a bola, dominá-la e só depois dar sequência à jogada. O maior receio do técnico é que o time seja surpreendido pelas imperfeições do campo. Não por acaso o Corinthians treinou no pior gramado do Parque Ecológico do Tietê, na quinta-feira e hoje. A preocupação com o piso é tamanha que Tite não se sentiu constrangido nem na hora de prever um jogo feio e truncado. "Não vai ter jogo bonito, de boa plástica. Num campo ruim, vai prevalecer a pegada e o corpo-a-corpo. É um jogo de competição, de arremates de longe. Não esperem um jogo bonito e cheio de triangulações". Também por causa do campo ruim, o técnico resolveu adiar os planos de mexer no estilo da equipe. Na terça-feira, ele disse que poderia escalar três atacantes; dois meias ou até mesmo mexer no esquema 3-5-2. Acabou mudando os planos na proporção em que chegavam as notícias ruins. Primeiro foi a lesão de Alessandro (contratura no músculo adutor da coxa esquerda); depois, a informação do auxiliar-técnico Joel Carlini, de que o gramado do Pinheirão é péssimo. Para piorar, hoje o lateral-esquerdo improvisado, Renato, reclamou de dores no joelho esquerdo. "A lesão está curada mas ainda sinto uma dorzinha. Vamos esperar o treino de amanhã. Vou ser sincero ao Tite. Se eu achar que não vai dar, falo para ele". No que depender de sua vontade, Tite começa com Renato na lateral. Mas, por precaução, o técnico testou Coelho naquela posição. De acordo com o treinador, Coelho foi observado também porque tem um chute forte e pode ser lançado no decorrer da partida. "Desde que o Rogério foi embora, nós perdemos a força nas jogadas de bola parada", assinala o chefe. "Mas se não houver nenhum imprevisto, jogará o time que começou o coletivo". Tite também reconheceu que assumiu um risco ao obrigar a equipe a treinar por dois dias consecutivos num campo ruim, inclusive o próprio Renato, que se queixava de dores. "Era um risco calculado que tínhamos de correr. Como jogaremos num gramado muito ruim, queria que os jogadores tivessem pelo menos idéia do que vamos enfrentar em Curitiba. Ainda que isso significasse um risco para nós". Outra preocupação do treinador no treino de hoje foi em relação às bolas paradas. Tite concluiu que o Corinthians precisa caprichar um pouco mais nesse tipo de jogada. "Tem muito time por aí definindo pontos importantes nas bolas paradas. O São Caetano mesmo, tem 60% de aproveitamento nas jogadas de faltas e de escanteios. Esse pode ser um caminho a mais para nós". Quanto aos planos que tinha no começo da semana, avisou que ainda podem ser colocados em prática, inclusive uma linha de quatro zagueiros. "Talvez não seja nesse jogo, mas não desisti da idéia".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.