Título do Boca consagra Carlos Bianchi

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Por Agencia Estado
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O Boca Juniors, da Argentina, conquistou neste domingo o direito de estar entre os times mais vitoriosos do mundo. Em Yokohama, no mesmo estádio em que o Brasil levou o penta na Copa de 2002, o grupo comandado pelo técnico Carlos Bianchi levantou o tricampeonato intercontinental de clubes ao bater o Milan, da Itália, por 3 a 1, nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação. No confronto entre o campeão da América do Sul e o da, o Boca (campeão também em 77 e 2000) igualou o número de conquistas de Peñarol, Real Madrid e do próprio Milan, até então os maiores vencedores da disputa. Individualmente, o título mundial dos argentinos consagra o trabalho do treinador Carlos Bianchi, apelidado de ?El Brujo? pelos torcedores boquenses. Entre todos os jogadores e técnicos que já disputaram a taça intercontinental no Japão, Bianchi é o maior vencedor da história, com três títulos. O treinador argentino, de 54 anos, venceu em 1994, com o Vélez Sarsfield, em 2000 e 2003, ambos com o Boca Juniors, time que também comandou na derrota para o Bayern, de Munique, em 2001, único revés do ?Bruxo? no Mundial. Especialista em eliminar times brasileiros na Copa Libertadores, Bianchi já conseguiu quatro torneios continentais, o último deles neste ano, passando pelo Paysandu nas oitavas-de-final e vencendo os jogos contra o Santos na final. ?Ver o Boca jogar nesse nível nos dá orgulho. Escolhemos a tática correta. Ganhamos com as nossas armas?, comemorou Bianchi, que deixou o atacante Carlos Tévez, xodó da torcida do Boca aos 19 anos, no banco de reservas até a metade do segundo tempo. Até o técnico do Milan, o italiano Carlo Ancelotti, curvou-se à conquista do Boca Juniors de Carlos Bianchi, que já foi técnico da Roma, da Itália. ?Foi uma partida equilibrada. Mas não temos o que lamentar. Jogamos contra um rival que demonstrou ser muito valente. O resultado foi legítimo. Tentaremos voltar aqui no próximo ano.? Diante de um público de mais de 66 mil pessoas, o Milan, com os brasileiros Dida, Cafu e Kaká jogando desde o início, começou melhor e abriu o placar aos 24 minutos do primeiro tempo, com gol do atacante Jon Dahl Tomason. Em jogada que teve a participação do brasileiro Iarley, o Boca empatou cinco minutos depois, com Donnet. Durante os 120 minutos da partida, a entrada de Tévez foi a única alteração de Carlos Bianchi. Com um elenco de mais qualidade, Carlo Ancelotti fez as três mudanças possíveis, pondo em campo Ambrossini, Rui Costa, que substituiu Kaká no segundo tempo, e a estrela italiana Inzaghi, que teve um gol anulado nos momentos finais da prorrogação. O árbitro russo Valentin Ivanov marcou impedimento. Nos pênaltis, Dida defendeu um, cobrado por Battaglia. Mas a estrela do goleiro do Boca, Abbondanzieri, brilhou mais. Pirlo, Seedorf e Costacurta desperdiçaram. O título foi o 15º do técnico argentino Carlos Bianchi: três mundiais, quatro continentais, uma Copa Interamericana e sete torneios argentinos, com Boca e Vélez, time no qual despontou como técnico e também defendeu como jogador.

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