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Título representa consagração definitiva do sério Muricy

Apesar do mau humor, treinador passa cada vez mais a ser reconhecido pelo seu talento no futebol nacional

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Por Redação
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O título do Campeonato Brasileiro de 2008, conquistado pelo São Paulo neste domingo, após a vitória por 1 a 0 sobre o Goiás, retrata a afirmação do estilo carrancudo de Muricy Ramalho. A conquista consagra definitivamente o treinador, que sempre foi conhecido pelo seu mau humor, mas passa cada vez mais a ser reconhecido pelo seu talento e pela capacidade para montar bons times. Veja também: São Paulo é campeão brasileiro pela 6.ª vez na história Vitória sobre o Goiás dá o título para o São Paulo  Brasileirão 2008 - Classificação  Brasileirão 2008 - Resultados  Dê seu palpite no Bolão Vip do Limão Ex-jogador do próprio São Paulo, com relativo sucesso nos anos 70, Muricy teve a carreira encerrada prematuramente por causa de lesões e logo iniciou a carreira de técnico, no próprio Morumbi. Começou nas categorias de base, e passou a ser auxiliar-técnico de Telê Santana no time principal. Seu nome ficou conhecido em 1994, quando foi destacado por Telê para comandar um time de garotos, o chamado "Expressinho", que conquistou o título da Copa Conmebol em cima do Peñarol, depois de superar o Corinthians nas semifinais. Entre os mais bem-sucedidos daquele time estão Rogério Ceni, Juninho, Denilson e Caio, hoje comentarista. No time principal, Muricy teve sua primeira chance em 1996, quando Telê ficou doente e foi afastado. Sem sucesso no Paulistão e no Brasileiro, acabou saindo do São Paulo. O ditado "Santo de casa não faz milagre" caiu como uma luva para ele, pois foi fora do Morumbi que Muricy conseguiu evoluir como técnico. Passou pela China, treinou alguns times no interior paulista e, em 2001, conquistou seu primeiro título: campeão pernambucano, com o Náutico. A conquista tirou o time de uma fila de 11 anos sem títulos, tornou Muricy ídolo nos Aflitos e iniciou para o técnico um pentacampeonato estadual particular. Ele levou o Náutico ao bi pernambucano, em 2002, e depois foi para o Internacional, no qual conquistou o Gaúcho de 2003. Em 2004, foi campeão paulista pelo São Caetano, e em 2005, de volta ao Inter, foi mais uma vez campeão gaúcho. No Brasileiro, foi vice-campeão, mas acabou escolhido como o melhor técnico, e em 2006 voltou ao São Paulo. Com a responsabilidade de substituir Paulo Autuori, que saiu após a conquista do Mundial de Clubes, Muricy balançou várias vezes, especialmente após as eliminações da equipe na Libertadores, com derrotas para Internacional, Grêmio e Fluminense. Mas o presidente Juvenal Juvêncio sempre o bancou, e, com tempo para trabalhar, Muricy mostrou sua competência e conduziu o time a três títulos brasileiros seguidos. Cotado para a seleção nos últimos meses, Muricy desconversa e diz que respeita Dunga. Tem contrato até o fim de 2009 e Juvenal já avisou que não abre mão de tê-lo no banco de reservas até o último dia do acordo, nem que seja para dividi-lo com o time nacional. Se "a bola pune", como o próprio Muricy diz para quem sofre derrotas por falta de concentração, ele também sabe que a bola premia os que trabalham duro.

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