
30 de novembro de 2012 | 17h45
"Estamos vivendo o melhor momento do futebol espanhol, e isso nos dá maior responsabilidade para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo", disse Del Bosque em entrevista coletiva em São Paulo, onde será realizado o sorteio para a competição entre oito seleções em 2013.
"Estamos nos preparando da melhor forma possível... Conseguimos uma geração de jogadores que está produzindo um jogo muito interessante para o futebol", comentou ele sobre o famoso jogo de toque de bola da Espanha.
O treinador acrescentou que sua intenção é trazer ao Brasil os principais jogadores da Espanha.
Além da campeã mundial Espanha e do país-sede Brasil, disputarão a Copa das Confederações em junho o Uruguai, campeão da Copa América; a Itália, vice-campeã da Eurocopa; o Japão, campeão asiático; o México, representante da Concacaf; o Taiti, que conquistou o título da Oceania, e um representante africano que será conhecido em fevereiro.
Já está definido que Brasil e Itália estarão no Grupo A, enquanto Espanha e Uruguai figuram no Grupo B. O restante dos grupos se formarão após o sorteio.
A Itália, adversária da seleção brasileira na primeira fase, renovou sua equipe após a péssima campanha na Copa de 2010, em que foi eliminada ainda na primeira fase, e busca agora retomar sua melhor forma.
"Achamos que estamos mais preparados, estamos mentalmente prontos para este desafio. Sabemos que a Copa das Confederações é um primeiro passo para o Mundial", disse o técnico italiano, Cesare Prandelli.
"Há dois anos nós talvez tivéssemos uma visão pessimista, mas este ano mostramos que temos um grupo de rapazes interessante", completou ele.
O Uruguai, por outro lado, depois de ser quarto colocado no Mundial da África do Sul e ganhar a Copa América de 2011 na Argentina, teve resultados ruins e está em quinto lugar nas eliminatórias sul-americanas para o Mundial de 2014.
SURPRESA COM MANO
O técnico mexicano, José Manuel de la Torre, destacou que será difícil para a equipe competir com seleções tradicionais do futebol, mas acredita que pode surpreender, como fez nos Jogos Olímpicos de Londres, este ano, ao conquistar a medalha de ouro na final contra o Brasil.
"O crescimento que tivemos pode nos colocar em posição importante para que seja um torneio excelente, mas não vai ser fácil. É importante para vermos em que nível podemos chegar", disse.
O técnico do Japão, derrotado pelo Brasil por 4 x 0 em amistoso em outubro, disse não ter entendido a demissão do técnico Mano Menezes, na semana passada.
"Fiquei surpreso com a mudança do técnico ... a equipe me impressionou pela determinação, pela qualidade. Eu vi um excelente Brasil, declarou o treinador do time japonês, o italiano Alberto Zaccheroni.
(Por Tatiana Ramil; Edição de Maria Pia Palermo)
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