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Torcedores do Palmeiras perdem a paciência com a equipe

Muros do Palestra Itália e do CT da Barra Funda são pichados após a goleada sofrida para o Internacional

Por Juliano Costa
Atualização:

Acabou a paciência da torcida do Palmeiras com Jeci e Gladstone. Depois da derrota por 4 a 1 para o Internacional, em Porto Alegre, os muros do Palestra Itália e do CT da Barra Funda foram pichados por torcedores, nesta quinta-feira, que exigiam a saída dos dois zagueiros.   Veja também: Faça a sua aposta no Bolão Vip do Limão   O Palmeiras ainda ocupa uma ótima posição no Brasileirão - é o quarto colocado -, mas seu rendimento como visitante vem deixando a desejar. Tanto é que uma das frases pichadas no muro do Palestra era: "Em casa, dá gosto; Fora, só desgosto".   E os zagueiros são apontados como os principais culpados por essa irregularidade na campanha. "Vou fazer o quê?", disse Jeci, espantado. "Cobrança é normal. A gente tem de acatar". Ele tenta argumentar: "A defesa não é formada só pelos dois zagueiros. Tem também os laterais, os volantes e até os meias que também precisam marcar. Veja: quando um ganha, todos ganham. E quando um perde, todos perdem".   Mas os números mostram a fragilidade do setor defensivo. Dentre os dez primeiros colocados no Brasileirão, ninguém tomou mais gols do que o Palmeiras: 25. Desses, nove foram de cabeça - o que tem feito o goleiro Marcos sair do gol para cortar cruzamentos. "Por favor, não vamos procurar culpados", disse Vanderlei Luxemburgo após a derrota para o Internacional. "É preciso reconhecer os méritos do adversário".   Mas o fato é que o capitão Marcos e jogadores de ataque como Kléber e Alex Mineiro já vinham alertando para a necessidade de jogar mais retrancado nas partidas fora de casa. Luxa rebateu, dizendo que seus times "sempre jogam pra frente".   Kléber é bem realista: "Nosso grupo é esse aí", disse o atacante. "Não vem mais ninguém. E se já é difícil jogar com o torcedor ao nosso lado, imagina se ele se virar contra nós! É preciso apoiar este grupo!"   FUGA Ninguém tem sofrido mais com a defesa do que Marcos. O goleiro até mudou seu estilo de jogo para compensar as falhas no sistema defensivo - tem saído mais do gol, na tentativa de cortar os cruzamentos, algo que não precisava fazer até pouco tempo atrás quando a zaga era formada por Gustavo e Henrique.   Ciente de que seria o jogador mais procurado pela imprensa no desembarque do time, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, nesta quinta, Marcos pediu para um segurança avisar que não daria entrevistas. Ele temia ficar de cabeça quente e fazer um comentário que soasse ofensivo a algum companheiro de time.

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