Um grupo pequeno de torcedores se concentrava em frente ao condomínio em que mora a família de Neymar na tarde desta terça-feira, no Guarujá, litoral paulista. Poucas horas antes do jogo do Brasil, fãs do atacante pouco se importavam com a comodidade para assistir à partida da seleção: muitos deles esperam um contato com o craque brasileiro, que verá com pessoas próximas a semifinal contra a Alemanha.
Antonio Figueroa Piñeda, de 51 anos, veio do Peru em um carro pintado em verde e amarelo e estampado com uma foto de Neymar em uma das laterais, com a frase "Ousadia e alegria". Microempresário, ele veio para o Brasil passando por seis cidades de seu país e cortando o interior brasileiro.
Piñeda pretende voltar para casa só na segunda-feira - depois de o Brasil ser campeão, é o que torce. "Viemos primeiro para dar uma força para que Neymar tenha uma rápida recuperação e volte a fazer gol pelo Barcelona". Planejando um documentário sobre a viagem, o peruano e um amigo brasileiro dormem em um teatro abandonado em Embu das Artes.
Desde as primeiras horas da manhã, a presença de uma mulher com sua filha chamava a atenção. Edna Ferreira Vanderlei, de 52 anos, e a filha Ariane, de 27, empunhavam cartazes com mensagens de apoio ao atacante. As duas pretendem entregar uma carta ao atleta da seleção brasileira pedindo ajuda para reformar sua casa, em um dos bairros mais humildes do Guarujá.
"Eu acho que tenho grandes chances de ser atendida, porque o Neymar também passou por dificuldades para se tornar o que é. Ele é muito humilde e simples. Oramos por ele e cremos que ele vai nos atender", diz Edna.
Sem acesso ao interior do condomínio, os fãs não conseguiram ver nenhuma celebridade passando por lá. Apenas um dos amigos de Neymar parou para distribuir máscaras com o rosto do astro. Um vizinho prometeu levar as camisas de outro curioso para Neymar autografar. Desde a tarde desta segunda o torcedor José Carlos Simões esperava para receber de volta os presentes. A promessa é tê-las em mãos só depois do jogo.
Na parte de dentro da área residencial, cerca de 15 pessoas esperavam em frente à casa, por volta das 16 horas. O jogador chegou a sair na sacada algumas vezes, acompanhado do pai, para acenar para o público.
