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Torcedores pagam por desorganização

Por Agencia Estado
Atualização:

O público tem sido tão pequeno nos estádios nos últimos tempos que a impressão é que esqueceu-se como se organiza um grande jogo de futebol. Mesmo com menos da metade da capacidade do Morumbi tomada, os torcedores, principalmente do Corinthians, tiveram problemas para comprar ingressos e assistir ao clássico de hoje. Filas imensas se formaram em frente às bilheterias uma hora antes da partida. Com o jogo em andamento, centenas de pessoas ainda se aglomeravam em frente aos guichês. Trabalhavam 30 bilheteiros, número insuficiente para atender a milhares de torcedores que resolveram chegar ao Morumbi em cima da hora. O calor também castigou quem tentava entrar para assistir ao jogo. Numa promoção da Federação Paulista de Futebol, mulheres pagaram apenas R$ 1 para assistir ao jogo. O difícil, para qualquer um, era comprar ingresso. "Fiquei mais de uma hora na fila para comprar um ingresso de cadeira térrea", reclamou o corintiano Gildo Borges, de 26 anos, que teve de suar em frente a um dos quatro guichês ao lado do portão principal. "Deveria haver um pouco mais de organização e respeito com o torcedor." Outro corintiano, Rogério Abramo, de 36 anos, levou o filho Wesley, de 7 anos, e um amigo do filho, Abner Barros, 14 anos, para assistir à partida. E também reclamou. "Isso aqui desanima qualquer um. É difícil assistir futebol, principalmente com crianças." Boa parte dos 400 policiais militares que trabalharam no Morumbi, hoje, se dedicou a organizar imensas filas. "Temos de suprir essa deficiência, apesar de não ser nossa obrigação", disse o major Marinho, comandante do policiamento no estádio. "O torcedor tem de se acostumar a comprar seu ingresso com antecedência", aconselhou. Apesar da rivalidade entre as torcidas, não foram registradas ocorrências graves.

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