Vídeos que circulam nas redes sociais mostram torcedores do Vasco cobrando os jogadores na última terça-feira, na saída do CT do Almirante, em Vargem Pequena. O clube está apenas uma posição acima da zona da degola no Brasileirão, e com os mesmos 24 pontos de Sport e Ceará, que hoje estariam rebaixados. Uma derrota no clássico com o Flamengo, sábado, em Brasília, deve explodir de vez uma crise em São Januário.
Nas imagens, é possível ver o zagueiro Luiz Gustavo ouvindo as reivindicações em tom de ameaça: "Se perder pro Flamengo, se for rebaixado, vamos quebrar a p…toda."
O clima foi de tensão no clube durante todo o dia. O diretor executivo de futebol, Alexandre Faria, participou de uma coletiva para tentar acalmar os ânimos, já exaltados por conta dos protestos realizadosno Aeroporto Internacional do Galeão e em São Januário. Na ocasião, alguns destes torcedores conseguiram se reunir com o presidente vascaíno, Alexandre Campello.
"O torcedor do Vasco é apaixonado e tem dado demonstração disso, mas a posição na tabela não condiz com tudo aquilo que vem sendo feito no clube. Houve um protesto porque os torcedores queriam conversar com a diretoria. Eu e o presidente Campello ouvimos e a preocupação deles é realmente com o momento da equipe na tabela", minimizou Faria.
O dirigente também fez questão de garantir que a crise vascaína é apenas técnica. Alexandre Faria negou qualquer problema de relacionamento do elenco do clube com o técnico Alberto Valentim, especialmente do polivalente Yago Pikachu, que foi reserva na derrota para o Vitória, e expulso apenas vinte minutos após entrar em campo.
Caso Wagner
A diretoria do Vasco negou que tenha atrasado os pagamentos das parcelas do FGTS do meio-campista Wagner, que obteve decisão favorável na Justiça do Trabalho para rescindir seu contrato com o clube carioca.
"Segundo os jogadores, o Wagner saiu do grupo de WhatsApp e não falou nada com ninguém. Temos que contar com quem está comprometido", explicou Faria.