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Torcida se diz segura, mas critica ingresso 'engessado'

Maioria é unânime ao aprovar biometria, mas alguns lamentam o fato de não poderem ceder entrada a amigo ou parente

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Por Renan Cacioli
Atualização:

A maioria dos torcedores abordados pela reportagem no dia do jogo contra o Vasco, quarta, quando mais de 12 mil foram ao estádio, aprova a biometria obrigatória na Arena da Baixada. Por outro lado, alguns lamentam o fato de não poderem mais ceder seus ingressos para que amigos ou parentes possam utilizá-lo caso tenham problema de última hora que inviabilize a presença.

"Esse é o único ponto negativo. Sou sócia há muito tempo e não consigo mais passar a carteirinha para outra pessoa", reclamava a turismóloga Daiana Marcos, de 37 anos. Ela admitiu, porém, que a medida era útil no sentido de coibir outro problema recorrente nos estádios e extinto dos arredores da casa atleticana: os cambistas. 

A turismóloga Daiana Marcos coloca seu dedo no leitor de biometria na catraca de entrada da Arena Foto: RODOLFO BUHRER /ESTADÃO

O próprio clube admite a perda de sócios-torcedores desde que a biometria passou a valer a todos. Mas aposta que o clima de segurança compense eventuais quedas de arrecadação. "Eu me sinto bem mais segura. Meus filhos tinham o hábito de ir ao Maracanã, isso aqui está perfeito", contou Silvana Aparecida Andrade, 40 anos, que recentemente trocou o Rio por Curitiba e estava acompanhada dos filhos Matheus, 11, e Bruno Costa, 7.

Silvana entre os filhos Matheus e Bruno Costa: biometria torna ida ao estádio mais segura para a mãe Foto: RODOLFO BUHRER /ESTADÃO

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"Como o cadastro está interligado, dá essa sensação de que estamos mais seguros mesmo. Não vejo nenhum problema em ser revistado ou passar pela biometria", concordou o professor Rogério Luiz Zeni, de 54, ao lado da filha Mariana e de uma amiga dela, Anette, ambas de 16.

Nem todos, porém, veem tanta diferença com as novas regras. "O problema é fora e não dentro do estádio. A segurança maior é para o clube, não para nós", opinou a dentista Ana Carolina Cerci, 31, ao lado da amiga, a psicóloga Cauhana Pinheiro.

Cauhana Pinheiro (esquerda) e Ana Carolina Cerci utilizaram sistema de biometria pela primeira vez Foto: RODOLFO BUHRER /ESTADÃO

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