PUBLICIDADE

Torcida única pode fazer com que campeão não tenha festa no estádio

Com a decisão no Allianz e só palmeirenses no estádio, se o Corinthians ficar com a taça, dificilmente vai celebrar no campo

Por Daniel Batista e Matheus Lara
Atualização:

Pela primeira vez na história, as duas partidas da decisão do Paulistão terão torcida única. A regra, em vigor desde 2016 no Estado e sem perspectivas de uma mudança, pode causar uma situação curiosa.

Cássio vê Corinthians mais confiante e destaca força do time na arena

Se for campeão, o Corinthians não terá festa no gramado nem volta olímpica, já que a segunda partida está marcada para o campo do rival, Palmeiras, dia 8 de abril, domingo da próxima semana. Só haverá palmeirenses no Allianz Parque.

Só a torcida domandante entra nos estádios em clássicos paulistas Foto: Alex Silva/Estadão

PUBLICIDADE

Cenas como as dos Estaduais de 1998 e 1999 já não são possíveis mais. O título do São Paulo em 1998, conquistado no Morumbi, foi assistido também pela torcida corintiana, presente em peso no estádio.

Um ano depois, a casa tricolor recebeu os jogos de ida e volta de decisão que será reeditada neste ano, entre Palmeiras e Corinthians. O triunfo corintiano foi visto por uma arquibancada dividida entre alviverdes e alvinegros, no duelo que ficou marcado pelas embaixadinhas de Edilson, que irritou os palmeirenses e causou confusão generalizada. O trio de arbitragem acabou antecipando o fim da partida aos 31 minutos do segundo tempo.

Os presidentes Maurício Galiotte e Andrés Sanchez, de Palmeiras e Corinthians, respectivamente, pedem que se ache um caminho para mudar a situação. “Para o espetáculo, para a emoção e para a grandeza do futebol, tem de ter duas torcidas”, diz o mandatário palmeirense. “Agora, temos de ser responsáveis. A torcida única reduziu as ocorrências. Diante disso, temos de achar um caminho. Dependemos da polícia e da Secretaria de Segurança Pública.”

Andrés reconhece que uma mudança na medida independe da vontade dos clubes. “Sou contra uma torcida só”, disse o corintiano. “É um assunto que temos de discutir com as autoridades do Estado. Não adianta discutirmos isso agora. Não vamos brigar nem discutir na véspera do jogo.”

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.