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Torcidas organizadas recebem R$ 2,5 milhões da Prefeitura

Repasse é feito para ajudar no desfile das escolas. Torcida Jovem e Independente terão de seguir código de conduta

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Foto do author Adriana Ferraz
Foto do author Raphael Ramos
Por Adriana Ferraz e Raphael Ramos
Atualização:

SÃO PAULO - Na mira das autoridades e das entidades que promovem o carnaval por causa do comportamento de seus associados, as torcidas organizadas receberam mais de R$ 2,5 milhões da Prefeitura para gastar com os seus desfiles. A verba faz parte de um repasse que o governo municipal faz a todas as escolas e blocos que participam do carnaval da cidade.As líderes de arrecadação são a Gaviões da Fiel (ligada ao Corinthians) e a Dragões da Real (São Paulo), que estão no Grupo Especial e receberam cada uma R$ 712.055,27. Na sequência, aparece a Mancha Verde, que desfila no Grupo de Acesso e ficou com R$ 404.466,00.As três escolas da Grupo 1 (Camisa 12, Torcida Jovem, Independente) levaram cada uma R$ 169.924,51. A TUP, que não desfilará mais no Grupo 1 por causa de uma medida judicial e agora está no Grupo 2, ficará com R$ 78.489,60. Já o bloco Pavilhão 9 levou R$ 104.629,49.Para participar do desfile do Grupo 1, programado para segunda-feira, no Anhembi, a Torcida Jovem e a Independente terão de assinar um documento no qual se responsabilizam por qualquer ato dos seus componentes. Em caso de descumprimento, as escolas correm risco de serem eliminadas do carnaval pela União das Escolas de Samba Paulistanas (Uesp).No “código de conduta”, as escolas se comprometem que é vetado qualquer ato de violência nas dependências do sambódromo, no entorno, na saída das quadras e no espaço em que estão as alegorias no Anhembi. Após o desfile, todos os torcedores uniformizados terão de deixar imediatamente o sambódromo. As regras incluem o veto ao uso de sinalizadores e de bandeiras com mastros.Há o temor de que santistas tentem aproveitar o carnaval para vingar a morte de Márcio Barreto de Toledo, 34 anos. “A morte desse rapaz gerou uma comoção na cidade e o pessoal não aceita mais esse tipo de coisa. A gente tem falado constantemente com os líderes das torcidas. Eles não querem falar entre eles, mas está em jogo a continuidade desse segmento. Se for registrado algum ato de violência, além de estarem fora do carnaval, a Uesp vai pedir a extinção dessas entidades”, disse ao Estado o presidente da Uesp, Kaxitu Ricardo Campos.A PM promete reforçar a segurança no Anhembi e nos arredores do sambódromo. Serão destacados 300 homens.