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Tostão: falta determinação à seleção

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Por Agencia Estado
Atualização:

O estilo de Parreira é o maior empecilho para a seleção brasileira jogar um bom futebol nas Eliminatórias. A opinião é de Tostão, tricampeão mundial na Copa do México, em 1970. Ele entende que o futebol que a seleção tem jogado é reflexo da filosofia do treinador. "Não vejo falta de motivação, nem de alegria nos jogadores. E nem desentrosamento. É que o time é muito tranqüilo. Parreira gosta do jogo cadenciado.?? Tostão considera que, à seleção atual, falta a determinação que ele observa, por exemplo, no time do São Paulo. "Uma das coisas que faltam é aquela blitz, é começar o jogo com se tivesse no fim e o time precisasse fazer o resultado. Marcar pressão no campo adversário. Este tipo de atitude incendeia o time e a torcida e assusta o adversário??. O ex-jogador- que participou das Eliminatórias da Copa de 70, quando o Brasil disputou seis partidas, venceu todas e apenas uma, a última, contra o Paraguai, pelo placar mínimo -, reconhece que, hoje, qualquer técnico sabe como armar um time na defesa. "E quase todos usam este artifício quando jogam contra equipes mais fortes. O Once Caldas foi campeão da Libertadores assim, a Grécia venceu a Eurocopa. Isso, é claro, dificulta.?? Mas acredita que um pouco mais de ousadia tornaria a caminhada da seleção mais fácil. Especificamente sobre o jogo com o Peru, Tostão percebeu a seleção muito confusa taticamente, apesar de Parreira ter alterado o esquema tático do time, para deixar os jogadores mais à vontade. "O Ronaldinho jogou como no Barcelona, mais pela esquerda; o Juninho do jeito que atuava no Vasco; o Kaká da maneira de atua no Milan. Mas os jogadores estavam confusos. NÃO VAI MUDAR - O ex-lateral-esquerdo Júnior, que esteve nas Eliminatórias das Copas de 82 e 86, aconselha quem espera o Brasil vencendo e dando show nas Eliminatórias a perder a esperança. ?Pelo rótulo de conservador do Parreira, isso só vai acontecer depois de o Brasil garantir vaga.?? Júnior também não observa falta de vontade nos jogadores da seleção. Para ele, o fato de a temporada na Europa estar chegando ao final atrapalha o rendimento dos brasileiros, assim como enfrentar adversários que jogam fechados. ?Mas contra o Peru não vi tanta lentidão assim. E acho que não adianta jogar com pressa, senão o time fica exposto aos contra-ataques.?? Ele acredita que quarta-feira, contra o Uruguai, o Brasil poderá ter um rendimento melhor que o de domingo. ?Os uruguaios deverão sair para o jogo e isso facilita.?

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