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Tribunal interdita estádio do Vasco

Por Agencia Estado
Atualização:

Custou caro ao Vasco a agressão de torcedores do clube em jogadores do Coritiba, minutos depois de encerrada a partida entre as duas equipes, em 25 de setembro. O estádio de São Januário foi interditado nesta terça-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), medida que vai prevalecer, no mínimo, até o julgamento do caso por uma comissão disciplinar do próprio STJD. "Isto deve ocorrer em duas semanas. Mas nada impede que a interdição continue após a apreciação dos auditores", afirmou o presidente do tribunal, Luiz Zveiter. Zveiter apresentou documentos enviados pelo Vasco aos comandos do 4º Batalhão de Polícia Militar e do Policiamento da Capital, dentro do prazo legal, e isentou parcialmente o clube de culpa no episódio. "Com relação ao texto do Estatuto do Torcedor, cumpriu com suas obrigações. Mas, no aspecto esportivo, o Vasco deixou a desejar", disse o presidente do STJD. "Os agressores são notoriamente torcedores do clube e teriam entrado no estádio por um portão, sem nenhum segurança a interceptá-los." Com a interdição, o Vasco não atuará contra o Juventude, dia 9 de outubro, em São Januário - a opção deve ser pelo Maracanã. O clube está denunciado no Artigo 300 do Código Brasileiro Disciplinar de Futebol (CBDF), cuja pena prevista é de perda de mando de campo de um a três jogos. Após o julgamento, se for condenado, terá de levar as partidas para uma cidade distante, no mínimo, 150 quilômetros da capital do Rio. Após o jogo com o Coritiba, um grupo de oito torcedores do Vasco invadiu o ônibus da delegação visitante e agrediu com socos e pontapés vários atletas e dirigentes. Pelo menos seis vítimas sofreram luxações e escoriações, entre as quais o jogador Jackson. Eles prestaram queixa na 17ª Delegacia de Polícia, no bairro de São Cristóvão, onde permaneceram por quase cinco horas. Nenhum dos agressores foi preso. "Se forem identificados, nós vamos impedir que esses baderneiros entrem em estádios de futebol", declarou Zveiter.

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