Publicidade

Tricolor acha que Leão vai para a Vila

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Leão despediu-se hoje dos jogadores do São Paulo, que dirigiu por sete meses, conseguindo a classificação para a Libertadores e a conquista do título paulista. O técnico transferiu-se para o Vissel Kobe, do Japão, com um contrato de 20 meses que, garante, cumprirá até o final. Uma hipótese pouco considerada entre os diretores do São Paulo. A possibilidade de Leão dirigir o Santos a partir de janeiro é considerada muito provável pelos lados do Morumbi. O Vissel Kobe seria um ponte para que Leão pudesse deixar o São Paulo sem ir diretamente para um clube paulista. A aposta é que ele vai ganhar um bom dinheiro para dirigir o time japonês e um bônus, também alto, para evitar o rebaixamento da equipe. Então, poderia voltar ao Santos, onde seria recebido com "generosidade" pelo presidente Marcelo Teixeira. Leão nega. "Fiz um contrato até o final de 2006 e essa é uma ponte muito longa. Não faria isso. Estou indo para o Japão e vou receber lá o mesmo que ganho aqui. Ainda não entendi por que estou saindo do São Paulo. Vou ficar longe da família, mas sinto que precisava pagar uma dívida que tinha", diz. A dívida é com Yasutoshi Miúra, dirigente do Vissel e ex-jogador, que Leão já dirigiu em outras passagens pelo Japão. "Ele me ligou na sexta-feira e fez uma oferta. Disse que ia pensar e ele me ligou novamente no domingo, após o jogo em Mogi Mirim e eu aceitei. Gosto de desafios." Se vai pagar uma dívida lá, Leão sabe que deixa outra aqui. "Quero pagar esses sete meses de contrato que ainda teria no São Paulo. Tenho certeza que estou deixando as portas abertas e que ainda vou dirigir novamente o São Paulo. Pelo menos a torcida sabe que não troquei o São Paulo por Santos e Corinthians, que me queriam." As portas podem até estar abertas, mas não se derramou uma lágrima no Morumbi por conta da saída de Leão, apesar de todos reconhecerem a importância que teve na conquista do título. Há uma mágoa muito grande pelo tratamento dado a Falcão, um jogador com enorme potencial de marketing. Todos acreditam que o treinador mostrou, uma vez mais, que não aceita sombra. "É impossível que o Falcão jogue menos que o Vélber, o Jean e o Souza", é um dos comentários mais ouvidos no clube. Os elogios a Diego Souza também não foram "engolidos" pela diretoria. A análise é de que ele estava plantando uma semente que poderia resultar na sua transferência para o Palmeiras. Leão sai com a certeza de deixar a casa arrumada. Diz que sairia mesmo se ganhasse reforços e que o time é candidato ao título, principalmente se vierem mais dois ou três jogadores. Ele não indicou um substituto. "Uma vez indiquei alguém e fiquei muito decepcionado. Nunca mais faço isso."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.