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Trio experiente comanda a Portuguesa

Por Agencia Estado
Atualização:

Da falta de experiência a Portuguesa não pode reclamar, pois conseguiu reunir, numa mesma equipe, o trio mais vivido do futebol brasileiro: o volante Capitão, o meia Sérgio Manoel e o atacante Müller. Na soma das idades, a "rodagem" dos jogadores chega a 104 anos (36, 37 e 31 anos, respectivamente), que pode ser muito útil no clássico de amanhã contra o Palmeiras. "Num jogo como esse, é importante orientar os atletas mais jovens sobre a hora certa de prender a bola, de cadenciar a partida, ou de atacar. Não podemos confundir entusiasmo com afobação", analisou Capitão. Poucos jogadores do atual elenco da Lusa atuaram com um estádio cheio, como deverá estar o Palestra Itália neste sábado à tarde, já que grande parte deles foi revelada nas categorias de base do Canindé. Para Müller, porém, que defendeu todas as principais equipes do futebol paulista, a situação não é novidade. "Enfrentaremos uma grande torcida como a do Palmeiras, mas é essa a melhor partida para se estar em campo, pois em clássicos, o adversário joga e deixa jogar." "Nossa experiência não é útil apenas dentro de campo. Nos treinamentos e na concentração, quando nos preparamos para os jogos, também é importante conversar com o grupo sobre nossa postura em campo e sobre como o adversário atuará", disse Capitão, que é uma espécie de porta-voz do treinador Luís Carlos Martins. Com ele, o treinador tem conversas reservadas a cada treino, sobre o posicionamento e o padrão de jogo. "Nas minhas equipes, sempre gostei de mesclar experiência com juventude. Na Portuguesa, essa fórmula vem dando certo", disse Martins. Ao lidar com jogadores mais jovens, os veteranos da Portuguesa se deparam com situações inusitadas. "Vários companheiros brincam, dizendo que eram fãs e colecionavam álbuns com nossas figurinhas", disse Sérgio Manoel. "Para mim, é uma honra poder transmitir um pouco mais de experiência ao grupo", comentou, bem-humorado. Porém, apenas a boa vontade de ensinar não basta. Para o meia, que se profissionalizou aos 17 anos, no Santos, os ensinamentos só têm valor quando são aproveitados pelos mais jovens. "É preciso que os outros jogadores queiram assimilar essas orientações. Felizmente, é o caso do nosso grupo, formado por atletas muito interessados."

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