Uefa: redução de jogos e Mundial em xeque

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A União de Associações Européias de Futebol (UEFA) defende uma redução no número de partidas de clubes e seleções em todo o mundo. Para o diretor-geral da entidade, Lars-Christer Olsson, caso essa diminuição não ocorra nos próximos anos, existirá o risco de um aumento dos casos de doping no futebol. Para a Uefa, as ligas nacionais terão que ser reduzidas e a participação dos europeus no novo Campeonato Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado em 2005, terá que ser voluntário. "Esse torneio não deve ser uma obrigação. O clube participa se quiser ", afirma Olsson, que assumiu o posto no início do ano. Segundo ele, um jogador de um clube de primeira divisão tem participado em media de 80 partidas por ano, algo considerado pela Uefa como "inadequado para o corpo humano". Olsson lembra que Uefa já reduziu de 17 para 13 o número de jogos na Liga dos Campeões. "Nós estamos fazendo a nossa parte", afirma. Sobre as ligas nacionais, o diretor da Uefa não acredita que possa haver uma fórmula única para todas as associações. "O tamanho dos campeonatos vai depender de arranjos internos e do tamanho do mercado. A Uefa não dirá como cada associação deverá se organizar. Mas uma redução eventual terá que ocorrer e isso todos reconhecem", diz Olsson. Fifa - Sobre Campeonato Mundial de Clubes que a Fifa quer promover em 2005, o diretor da Uefa ressalta que todos os clubes europeus são contrários à idéia. Por sugestão da própria Fifa, o torneio contaria apenas com seis equipes, uma de cada região do mundo. Além disso, os clubes da Europa e da América do Sul entrariam no torneio apenas nas semifinais e jogariam apenas duas partidas. Olsson, porém, parece não estar satisfeito com a proposta. "Os clubes devem ter a liberdade de aceitar ou não o convite para a participar do evento", afirma. Alguns críticos, porém, apontam que relutância da Europa em participar do Campeonato Mundial tem razões outras que a preocupação com a saúde dos jogadores. O temor seria de que o novo campeonato tirasse a atenção dada pelo público, pelas TVs e pelos patrocinadores à Liga dos Campeões da Europa. Olsson, porém, nega as acusações. "A Liga dos Campeões é o torneio de clubes mais importante do mundo e o novo torneio da Fifa nunca poderá competir com isso", completa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.