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Um destemido Estados Unidos se prepara para enfrentar o Brasil

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Por MIKE COLLET
Atualização:

Os Estados Unidos estão a uma vitória de conquistar pela primeira vez o título de uma competição principal da Fifa, se conseguirem produzir outra surpresa contra o Brasil, quando a Copa das Confederações atingir seu clímax no domingo. O capitão da equipe, Carlos Bocanegra, cujo time foi derrotado por 3 x 0 pelo Brasil no encontro de ambas equipes em 18 de junho pelo grupo A, insiste que os Estados Unidos jogarão sem medo contra o adversário e adotar uma estratégia totalmente diferente para esta partida. Ao contrário dos Estados Unidos, o Brasil sabe tudo sobre conquistar troféus, tendo sido coroado cinco vezes como campeão do mundo e buscando agora sua terceira conquista da Copa das Confederações, mantendo assim o troféu conquistado em 2005. "Na primeira vez que jogamos contra o Brasil nós estávamos um pouco tímidos", disse Bocanegra em coletiva de imprensa nesta sexta-feira. "Nós respeitamos demais eles. "Fomos a campo e ficamos atrás, mas mudamos isso contra o Egito, jogando com muita energia desde o início e levamos isso para o jogo contra a Espanha. Nós fomos para cima deles durante os 90 minutos em vez de absorver pressão." Os Estados Unidos venceram o Egito por 3 x 0, assegurando surpreendentemente uma vaga na semifinal da competição e, então, conseguiram um ainda mais improvável lugar na final com uma esplêndida vitória de 2 x 0 sobre a Espanha, que sofreu sua primeira derrota em quase três anos e 36 partidas. Agora o Brasil está no caminho dos Estados Unidos e o técnico Bob Bradley deixa transparecer que seu time jogará mais uma vez de forma direta, física, contra um oponente tão mais forte. "É muito importante para nós vencermos", disse ele, explicando como isso ajudaria na escolha dos Estados Unidos como sede para a Copa do Mundo, cuja decisão deve sair no final deste ano. "Em nossa história, a seleção americana teve algumas importantes e boas vitórias mas nunca conquistamos uma competição principal. "Vencemos a Copa da Concacaf e essa é a razão de estarmos aqui. Toda seleção quer a chance de jogar uma final, e nós estamos preparados para isso. Seria incrível para nós se vencêssemos." Bradley não poderá escalar seu filho Michael para o jogo, no entanto, depois da sua expulsão no final da vitória sobre a Espanha. Mas ele terá Clint Dempsey no ataque e o atacante do Fulham quer terminar sua participação no torneio com a medalha de campeão. Dempsey já marcou duas vezes, incluindo o segundo gol contra a Espanha, e foi elogiado por Holger Osieck, responsável pelo estudo técnico da Fifa, por "ganhar praticamente todas as bolas pelo alto, mantendo posse da bola e trabalhando duro" na vitória por 3 x 0 contra o Egito. Osieck também elogiou sua performance "incansável" contra a Espanha em que, além do gol, também deu o passe para o primeiro de Jozy Altidore. Apesar do entusiasmo americano, o Brasil ainda é o franco favorito, mas sabe que não poderá jogar sem criatividade como aconteceu contra a África do Sul na semifinal, caso contrário terá de lutar para vencer com o brilho que o mundo ama ver. Um gol de falta de Daniel Alves a dois minutos do fim do jogo assegurou à seleção brasileira a vitória por 1 x 0 sobre os anfitriões e o meio-campo Gilberto Silva afirma que o Brasil não vai relaxar. "Eu não me surpreendi com a vitória americana", disse ele a jornalistas após o jogo contra a África do Sul. "A Espanha não fez o que tinha que fazer e se você não faz isso, não vai vencer. Nós respeitamos nossos oponentes e trabalhamos duro pela vitória. Faremos o mesmo no domingo." O atacante Robinho acrescentou: "Se os Estados Unidos estão na final, você não pode dizer que tiveram sorte. Eles melhoraram e será um jogo muito duro contra eles, mas acho que venceremos". Brasil e Estados Unidos já se enfrentaram por 15 vezes, com 14 vitórias da seleção brasileira e uma da seleção americana. A final de domingo começa às 20h30 (18h30 GMT) no estádio de Ellis Park, com a disputa pelo terceiro lugar entre Espanha e África do Sul iniciando às 15 horas (13 horas GMT) no estádio Royal Bafokeng, em Rustenburgo. Escalações prováveis: Brasil: Julio Cesar; Maicon, Lucio, Luisão, André Santos; Felipe Melo, Gilberto Silva, Ramires, Kaka; Luis Fabiano, Robinho. Estados Unidos: Tim Howard; Jonathan Spector, Jay DeMerit, Oguchi Onyewu, Carlos Bocanegra; Clint Dempsey, Benny Feilhaber, Ricardo Clark, Landon Donovan; Charlie Davies, Jozy Altidore.

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