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Único brasileiro do Los Angeles Galaxy não volta mais ao Brasil

Zagueiro Leonardo planeja abrir uma clínica nos EUA

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Por ALMIR LEITE E GONÇALO JUNIOR e ENVIADOS ESPECIAIS A LOS ANGELES
Atualização:

O zagueiro Leonardo é o único brasileiro do Los Angeles Galaxy, equipe da liga norte-americana que cedeu seu campo de treinamento para a seleção brasileira na fase inicial da Copa América. Depois de percorrer todas as categorias de base do São Paulo, ele construiu sua carreira no futebol dos EUA. Essa trajetória de seis anos, dos 21 aos 28, teve altos e baixos.

Embora tenha participado de três dos cinco títulos nacionais do Galaxy e tenha sido escolhido o melhor zagueiro da liga no ano passado, José Leonardo Ribeiro da Silva teve sérios problemas no joelho direito em 2011. Foram três cirurgias ao todo. No início deste ano, foi submetido a outra cirurgia no mesmo joelho para corrigir um pequeno corte no menisco.

Leonardo pretende abrir clínica nos EUA quando deixar o futebol Foto: Gonçalo Junior|Estadão

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A partir das dificuldades que enfrentou no período de recuperação – ele veio ao Brasil para fazer os trabalhos de fisioterapia –, Leonardo descobriu um lado empreendedor. Quando encerrar a carreira, dentro de oito anos, pretende abrir uma clínica especializada em modalidades esportivas. “O Brasil está uns dois ou três passos à frente dos Estados Unidos na fisioterapia específica para atletas”, conta. “Como já tive muitos problemas de joelho, tenho uma ideia do que posso fazer aqui”, diz o ex-morador do bairro do Butantã, na zona oeste de São Paulo.

Coincidentemente, Leonardo participou de um amistoso nesta terça-feira contra o Equador, primeiro adversário do Brasil na Copa América. “Como se tratava de um amistoso, eles não dividiram todas as bolas, mas deu para perceber que é um time que vai dar trabalho”.

Para quem não se lembra de Leonardo, ele foi contemporâneo de Alex Cazumba e Juninho, que também acabaram selecionados por um olheiro do Galaxy, que foi até o CT da base do São Paulo, em Cotia. Como não tinha muitas oportunidades no time principal e voltava de empréstimo do Toledo (PR), que tinha uma parceria com o clube, aceitou a aventura. “Nunca tinha morado fora. Eu treinava e voltava para a casa dos meus pais. Só caiu a ficha quando cheguei aqui. Foi difícil, mas consegui me adaptar”.

Por causa da qualidade de vida e das inúmeras opções de lazer, ele só volta ao Brasil nas férias. Casado com a brasileira Mariana, neta do sambista da Mangueira, Carlinhos Pandeiro de Ouro, Leonardo tem dois filhos, Maria Clara e Benjamin. Apesar do sucesso na Califórnia, Leonardo faz um alerta. O futebol norte-americano é ideal para os jogadores que já têm uma carreira consolidada em outros centros. Começar nos EUA é difícil. “Os salários são baixos para quem está começando. Chegam a 1000 dólares”, diz o brasileiro explicando que esse valor é baixo para os padrões norte-americanos.

No Brasil, o valor seria de aproximadamente R$ 3,6 mil.

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