Publicidade

Uruguai aposta em seu 'ataque dos sonhos' para superar Peru na Copa América

Edinson Cavani e Luis Suárez dão profundidade e objetividade ao time uruguaio

PUBLICIDADE

Foto do author Gonçalo Junior
Por Gonçalo Junior
Atualização:

Os dois jornalistas uruguaios sorriram diante da pergunta: quem são os melhores atacantes das seleções? Eles cravaram “Suárez e Cavani” e ficaram esperando uma réplica. A cena aconteceu no Morumbi, antes de Brasil e Bolívia, ainda lá atrás, na abertura da Copa América. Foram citados os franceses (Mbappé e Griezmann), os brasileiros (Neymar e Roberto Firmino) e os argentinos (Messi e Agüero). Ninguém contestou a resposta dos uruguaios. Neste sábado, na Fonte Nova, às 16h, essa espécie de “ataque do sonhos” será testada diante do Peru pelas quartas de final da Copa América.

Suárez e Cavani comemoram gol contra o Equador. Foto: Paulo Fonseca/ EFE

PUBLICIDADE

Eles fazem parte da seleção desde 2011 e representam hoje, nas palavras do treinador Óscar Tabárez, a “plenitude futebolística”. Cavani e Suárez não têm posição fixa. Fazem um intenso revezamento no campo. Quando um busca a bola, o outro procura o limite da linha defensiva do rival e já se prepara para a definição. Flecha e arco, mas não dá para dizer quem faz o quê. Mais que um dueto, eles fazem um jogo plural. Em 2017, Cavani jogava aberto pelos lados e Suárez fixo na área. O sistema evoluiu. O craque do Barcelona tem 58 gols pela Celeste; o jogador do PSG soma 48. 

“Nesta Copa América, Cavani vem mostrando uma cobertura dos espaços que vimos poucas vezes. É um jogador do campo inteiro. Suárez também se movimenta bastante, mas fica mais perto da área”, opina Mathias Gonnet, jornalista uruguaio da Rádio Carve. “Eles estão mais entrosados e se completam em campo”, assegura o jornalista Manuel Fanizza.

Os dois estão voltando de sérias lesões. Suárez foi submetido a uma cirurgia no joelho direito em maio; Cavani se recuperou de um problema no quadril. Hoje, eles terão a companhia de Nandez, que ganhou a posição de Lodeiro, além de Arrascaeta, Valverde e Bentancur. 

O duelo em Salvador será contra uma equipe ferida pela goleada diante do Brasil por 5 a 0. O Peru tem dois trunfos para se reerguer: resgatar a organização tática e apostar no artilheiro Paolo Guerrero, atacante tão tinhoso quanto os uruguaios. 

A história se lembrará de Cavani e Suárez por causa dos títulos da Copa América de 2011 e do quarto lugar no Mundial de 2010 (os dois se revezavam no ataque com Diego Fórlan). Hoje, são a essência do time atrás de uma nova conquista.