PUBLICIDADE

Publicidade

Valcke nega irregularidades na Fifa, mas descarta voltar ao futebol

Ex-secretário-geral da Fifa era braço direito do ex-presidente da entidade, Joseph Blatter, acusado por corrupção

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, negou nesta quarta-feira em depoimento à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) ter cometido violações financeiras durante o período em que foi dirigente da entidade. O ex-executivo apelou da suspensão de dez anos imposta pela Fifa por conduta antiética, mas revelou que não pretende voltar ao mundo do futebol. O veredicto do caso será apresentado em algumas semanas.

PUBLICIDADE

+ Preso, Carlos Arthur Nuzman renuncia à presidência no COB

"Tentei mostrar que nunca fiz nada contra os interesses da Fifa. Sempre fiz o meu trabalho da melhor maneira possível. Já não tenho nenhum lugar nesse mundo (do futebol), não porque esteja doente ou ferido, mas simplesmente porque este é um capítulo que foi brutalmente fechado. Na vida, é preciso saber virar a página", afirmou o ex-dirigente após o depoimento prestado à CAS.

Valcke nega as acusações de corrupção. Foto: Nilton Fukuda / Estadão

Valcke, de 56 anos, um ex-apresentador de televisão na França, rechaçou todas as acusações de uso indevido de jatos particulares e transgressões administrativas. Ele foi o braço direito do ex-presidente da Fifa Joseph Blatter, que deixou a entidade também na esteira do seu envolvimento em escândalos de corrupção.

A Comissão de Ética da Fifa iniciou uma investigação motivada por acusações, em setembro de 2015, de que Valcke teria tentado se beneficiar de um acordo para venda de ingressos para a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, no mercado paralelo. O esquema falhou e nenhum dinheiro foi pago.

Em 2008, o escritório da Valcke transferiu US$ 10 milhões (cerca de R$ 31,8 milhões) em nome de dirigentes da Copa da África do Sul para altos funcionários da Fifa na América do Norte e Central. Procuradores dos Estados Unidos dizem que os subornos serviram para comprar votos para o país sul-africano sediar a competição.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.