A CPI da CBF/Nike realiza em instantes sessão secreta para que o empresário Hélio Viana explique, em sigilo, a informação dada por ele de que "investidores internacionais" o teriam consultado sobre o pedido de "dirigentes do Vasco da Gama" para que a Vasco Licenciamentos S.A. transferisse para a conta que o clube mantém no exterior depósitos que totalizam US$ 11 milhões. A informação de Hélio Viana deixou o deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), presidente do Vasco, fora de si. "O senhor Hélio Viana é leviano ao afirmar que o Vasco tem conta no exterior e, por mim, esta sessão secreta seria totalmente dispensável porque o investidor que mantém relações estreitas com Hélio Viana, que freqüenta a sua casa, chama-se Luiz Barbosa", disse Eurico Miranda. Para se negar a dar essas informações para a CPI, Hélio Viana alegou sigilo profissional, mas o presidente da CPI, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), afirmou que "constitucionalmente o sigilo profissional não é aceito em Comissão Parlamentar de Inquérito". Hélio Viana disse que uma dessas transferências da Vasco Licenciamentos foi depositado na conta de Aremithas José de Lima, no valor de R$ 2,03 milhões. Sobre essa transferência para a conta de Aremithas, dirigentes do Vasco disseram na CPI do Futebol do Senado que ela se deu para que o funcionário comprasse mantimentos para alimentar os jogadores da escolinha do Vasco da Gama. "Na época, as contas do clube estavam bloqueadas pela Justiça", disse Eurico Miranda.