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Violência marca jogo na Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

Torcedores do Racing e do Independiente provocaram neste domingo cenas de terror, violência e mortes, antes do clássico entre as duas equipes de Avellaneda - na grande Buenos Aires - pela segunda rodada do Torneio Clausura, que encerra a temporada de 2001-2002 na Argentina. A confusão começou com enfrentamentos entre grupos de "barras bravas", as facções mais radicais das organizadas locais. No final dos duelos, dois jovens estavam mortos e mais de 20 pessoas foram atendidas no hospital Fiorito, perto do estádio Juan Domingo Peron, "El Cilindro". Os choques começaram em vários pontos e as torcidas se acusam mutuamente como responsáveis pela desordem. Um dos focos da selvageria concentrou-se na rua Cordero, onde estão parte das bilheterias do campo do Racing. Havia muita gente em busca de ingressos e fãs do Independiente teriam sido agredidos por grupos rivais. Outro ponto de conflito ocorreu na saída de uma estação do metrô. Dessa vez, a iniciativa do ataque teria partido de seguidores do Independiente, ao irem para cima de desafetos. Os duelos das gangues eram com pedras, paus, canivetes e estiletes. Em pouco tempo, aumentaram os focos de tensão e sobraram tiros de ambos os lados. A polícia interveio com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Os mil agentes escalados para garantir a segurança levaram mais de uma hora para controlar os desordeiros. O balanço inicial das manifestações de ódio apontou a morte de Gustavo Rivera, de 24 anos, e de Fernando Acuña, de 19. O primeiro apresentava cortes no pescoço e pelo corpo, enquanto o segundo foi atingido por tiros no peito e na barriga. Ambos foram levados com urgência para o hospital Fiorito, mas mal tiveram tempo de ser atendidos. Como haviam perdido muito sangue, não suportaram às cirurgias a que foram submetidos. Os dois eram torcedores do Independiente. Um garoto de 12 anos também precisou ser operado, para extração de projétil no peito. Os médicos não revelaram a identidade do menino, indicaram que seu estado de saúde era "delicado", mas garantiam que estava fora de perigo, embora sem previsão de alta. Outras 15 pessoas passsaram por atendimento para tratar de ferimentos provocados por balas de borracha e oito apresentavam cortes por arma branca. A tensão continuou dentro do estádio, quando torcedores do Independiente soltaram rojão perto do goleiro Campagnuolo. A partida teve início atrasado em sete minutos. Houve novos incidentes na saída, após a derrota por 2 a 1 do Racing, campeão do Torneio Abertura.

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