
10 de junho de 2015 | 15h37
O ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner teria recebido US$ 1,2 milhão (cerca de R$ 3,7 milhões) para ajudar a candidatura do catariano Mohamed bin Hammam nas eleições presidenciais da Fifa de 2011, afirmou nesta quarta-feira o jornal "Trinidad Express", de Trinidad e Tobago, país de origem de Warner.
O periódico alega ter documentos do Departamento de Justiça dos Estados Unidos que comprovam a propina paga a Warner para organizar uma reunião entre Bin Hammam e dirigentes da União Caribenha de Futebol, nos dias 10 e 11 de maio de 2011. Neste encontro, teriam sido distribuídos subornos aos dirigentes em troca de apoio ao catariano na eleição de 2011, vencida pelo suíço Joseph Blatter.
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A reunião virou alvo de escândalo dentro da Fifa. Por conta das suspeitas de corrupção, Bin Hammam, ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol, fora banido da entidade. Antes da punição definitiva, o catariano foi suspenso e precisou deixar a briga pela presidência. Blatter, assim, foi eleito com facilidade.
Para organizar aquela reunião, Warner, então presidente da Concacaf e membro do Comitê Executivo da Fifa, recebeu US$ 1.212.000 em sua conta privada no Intercommercial Bank Ltd, no dia 14 de julho de 2011, segundo documentos obtidos pelo jornal trinitino.
De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o depósito foi uma segunda tentativa de pagamento a Warner, depois que Bin Hammam teve dificuldades para fazer três transferências, que somam o valor total de US$ 1,2 milhão, em junho. Estes pagamentos seriam feitos nas contas de Daryan e Daryll Warner. Os filhos de Jack foram alguns dos envolvidos nas suspeitas de corrupção que aceitaram fazer acordo de delação premiada com o FBI para amenizar futuras condenações na Justiça americana.
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