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Washington não consegue curtir a fase

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Por Agencia Estado
Atualização:

Herói da inédita classificação da Ponte Preta para as semifinais da Copa do Brasil, ao marcar quatro dos cinco gols sobre o Fortaleza, o atacante Washington nem teve tempo de comemorar. Mal terminou a partida em Campinas, com vitória de seu time por 5 a 2, foi direto para o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Assim começava sua viagem de 30 horas para o Japão, onde vai defender a seleção brasileira na Copa das Confederações. "Nem dá tempo. É jogo, viagem, concentração, entrevistas e quando a gente vai ver já acabou o dia", observa o goleador. Washington fica fora das semifinais da Copa do Brasil, mas, em compensação, realiza, pela segunda vez, seu grande sonho de infância: jogar na seleção. O atacante de 26 não esconde que o objetivo é conseguir vaga de titular, de preferência para jogar ao lado de seu ídolo Romário. Uma possibilidade teoricamente mais difícil de ocorrer, porque ambos atuam no mesmo setor. Washington embarcou ainda com a lembrança de ter sido aplaudido de pé pela torcida da Ponte Preta, depois da apresentação de gala contra o Fortaleza. A classificação serviu-lhe de consolo, pois não havia escondido decepção com a desclassificação nas semifinais do Campeonato Paulista, depois dos jogos com o Botafogo. O atacante ainda perdeu pênalti no jogo que terminou com empate de 3 a 3 e tirou sua equipe da final. "Provamos que a eliminação foi um acidente", disse o jogador, que pode se transferir em breve para a Fiorentina, da Itália. O negócio, por enquanto negado pelos clubes, pode sair por US$ 5 milhões. Mesmo com pouco tempo de clube, Washington já faz história na Ponte. Com os quatro gols de quarta-feira, chegou a 11 gols na Copa do Brasil. Com isso, se tornou o maior artilheiro da história da competição - numa mesma edição - e superou Oséas, com 10. Embora esteja fora da decisão do Paulista, são grandes as chances de Washington terminar como artilheiro do campeonato, com os 16 gols que marcou até as semifinais. Seu maior concorrente é Marcelinho Carioca, com 11. Se ganhar o prêmio, a mãe do jogador, Salete, virá de Porto Alegre (Washington é gaúcho) para representá-lo na festa que a FPF prepara.

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