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Zinha promete surpreender o Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

Haverá 12 brasileiros em campo, no início da partida deste domingo no Estádio de Hannover. Não, não se trata de nenhuma inovação da Fifa em homenagem aos pentacampeões do mundo. O brasileiro extra estará com a camisa verde do México e é Antonio Nelson Matias, o Zinha, 29 anos, que só recentemente passou a ser chamado pelo técnico Ricardo Lavolpe. Zinha é do Rio Grande do Norte, começou no Rio Branco, de Americana, na década de 90, e chegou a atuar ao lado de Marcelinho Paraíba e Marcos Assunção. Houve época em que esteve na mira de grandes clubes - o Palmeiras chegou a interessar-se por seu passe em 1995 -, mas tudo ficou na intenção. "As negociações não deram certo e fiquei aborrecido", admite. O meia-atacante acha que seu 1m63 foi obstáculo para saltos maiores na carreira no Brasil, ao contrário do que ocorreu com seu primo Souza, que jogou no São Paulo e no Corinthians. A oportunidade de ganhar mundo, porém, surgiu em 1999, quando foi contratado pelo Monterey, do México. A regularidade no torneio local fez com que recebesse convite de dirigentes do clube para naturalizar-se. Como se casou com uma mexicana, achou que seria oportunidade de retribuir o espaço que encontrou fora de casa. "Estou feliz no México e o reconhecimento do treinador é conseqüência do meu trabalho", admite Zinha, filho de pedreiro e faxineira e que seguirá caminho idêntico ao de Zaguinho, outro brasileiro que marcou época no México e defendeu a seleção por muitos anos. "Será muito bom enfrentar os campeões do mundo", avisa, sem medo da força do time de Parreira. Zinha, autor de um gol na vitória de 2 a 1 sobre o Japão, aposta na possibilidade de surpreender e garantir a classificação por antecipação. "Temos a mesma chance que a seleção brasileira."

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