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A chance de voltar ao pódio

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Por Wilson Baldini Jr
Atualização:

Depois de conquistar uma medalha de ouro no Pan do Rio no ano passado e quebrar um jejum de 44 anos, o boxe brasileiro tem hoje duas chances de voltar ao pódio olímpico, feito que não consegue desde a Cidade do México, em 1968, com o peso mosca Servílio de Oliveira. O mosca-ligeiro (até 48 quilos) Paulo Carvalho, às 8h46 (horário de Brasília) e o meio-pesado (até 81 quilos) Washington Silva, às 10h16 (de Brasília) lutam, no Ginásio dos Trabalhadores, em Pequim, por uma vaga nas semifinais. Se conseguirem a vitória, garantirão pelo menos o bronze, pois não há disputa de terceiro lugar. A tarefa dos dois não será fácil. Paulo Carvalho terá pela frente o cubano Yampier Hernandez. Em dois combates, o lutador caribenho, de 23 anos, marcou 33 pontos e só sofreu quatro. Paulinho, de 22, somou 34 pontos, mas recebeu 19. Os dois pugilistas têm 1,65 metro. O boxe cubano desembarcou na China com uma equipe bastante renovada por causa dos quatro casos de deserção. O astro Guillermo Rigondeaux, que, durante o Pan do Rio, também tentou desertar, mas não conseguiu, acabou sendo afastado da equipe olímpica e impedido de treinar. Já Mario Kindelán, que atingiu a idade máxima do boxe amador (34 anos), se aposentou. Com isso, o time atual possui pouca experiência internacional. Washington Silva vem contrariando todas as expectativas, pois teve de alterar sua forma de atuar por causa do rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho direito nos treinos antes dos Jogos, mesma contusão que tirou Juliana (vôlei de praia) e Érika Miranda (judô) da Olimpíada. O brasileiro, de 30 anos, teve dificuldades para se locomover nas duas lutas e venceu apertado. Acumulou 15 pontos nos dois combates e sofreu nove. O adversário do brasileiro nas quartas-de-final será o irlandês Kenny Egan, de 26 anos, de estilo agressivo. Até agora soube colocar seus adversários nas cordas e atacar muito. Soma 34 pontos, contra apenas quatro sofridos.

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