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''A comemoração foi inesquecível''

Atacante lembra o gol que deu a vitória ao Grêmio em 1977 e da cambalhota que deu errado e acabou em tombo memorável

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Por Redação
Atualização:

Aos 42 minutos do 2º tempo do Gre-Nal que decidiu o Campeonato Gaúcho de 1977, a torcida do Grêmio soltou um grito que estava preso na garganta havia oito anos. Um gol de André Catimba encerrava a série de oito títulos do Inter nos Estaduais, em um clássico guardado com carinho na memória do gremista. Hoje, aos 62 anos, o herói do título lembra o gol e a dolorosa comemoração - a imagem de Catimba no ar, em uma cambalhota desastrosa, é o símbolo daquela conquista. O que significou aquele gol? Precisou vir um baiano para voltar a dar confiança aos torcedores do Grêmio. Recuperamos a autoestima da torcida para a sequência de títulos que viria na década seguinte. Eles ainda falam, mandam mensagens, lembram o gol e a cambalhota. A comemoração, por sinal, ficou mais importante que o gol. Dizem que daqui a 500 anos ainda vão lembrar dela. Como foi aquele lance? Bom, recebi uma bola de Iúra na esquerda, dominei de direita e chutei com a direita mesmo. Quando fui comemorar com a tradicional cambalhota, sofri no ar um estiramento na perna e caí de cara no chão. Você se machucou na queda? Eu abri o punho, ralei o queixo e fiquei com um testículo do tamanho de uma bola de cristal (risos). Fiquei dois meses "em concentração". Minha mulher ficou muito aperreada, porque a gente não pôde nem comemorar aquela conquista. De onde surgiu o apelido? Ganhei o "Catimba" de um locutor gaúcho, após disputar meu primeiro Gre-Nal. Aquele jogo terminou em pancadaria, pois comecei a fazer malandragens. Levava a bola até a bandeirinha e ficava cavando falta. De Salvador, onde mora, você acompanha o futebol gaúcho? Gostaria de estar lá para dar força ao Grêmio e festejar no primeiro boteco, pois conheço bem a noite gaúcha (risos). Espero que a diretoria me mande a passagem.

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