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A quatro dias da Olimpíada, metrô de Londres tem falhas

Três dos principais acessos metroviários ao Parque Olímpico foram afetados nesta segunda

Por Reuters
Atualização:

LONDRES - Graves transtornos afetavam na manhã desta segunda-feira, 23, três dos principais acessos metroviários ao Parque Olímpico na zona leste de Londres, a quatro dias do início da Olimpíada na cidade. Contribuindo com a preocupação dos organizadores, o sindicato RMT anunciou um protesto trabalhista em parte da rede urbana de transportes durante os Jogos, para exigir abonos salariais em decorrência das horas extras trabalhadas. Há anos os londrinos, habituados a problemas no Tube - a mais antiga rede de metrô do mundo -, temem que o sobrecarregado sistema de transportes da capital não dê conta da movimentação dos Jogos Olímpicos. O rush matinal desta segunda-feira pareceu confirmar os piores temores. Pelo alto falante, anunciava-se que a Linha Central estava parada no seu trecho mais movimentado, e que a Linha Jubileu estava com velocidade reduzida. Além disso, uma importante ligação de superfície (o Overground) estava “experimentando "severos atrasos". Esses anúncios fizeram muita gente revirar os olhos em sinal de incredulidade, já que as três linhas vão até Stratford, local do Parque Olímpico, onde houve importantes obras de infraestrutura nos últimos anos. "Isso vai ser brilhante para a Olimpíada", disse com ironia um passageiro na abarrotada Linha Norte, arrancando risos de seus esmagados companheiros de viagem. A interrupção da Linha Central ocorreu por causa da presença de um passageiro nos trilhos. Na Linha do Jubileu, o atraso decorre de defeito nas portas que dão acesso aos vagões, na estação North Greenwich - acesso a várias instalações olímpicas. O Overground teve problemas de sinalização. A RMT disse que seus funcionários nos trens da rede Sudoeste não vão fazer horas extras durante a Olimpíada, e os funcionários da Serco, que operam um esquema de locação de bicicletas, devem fazer um protesto semelhante na primeira semana do evento. Alguns funcionários da agência pública de Transportes para Londres, inclusive os que operam os telefones de informações, devem fazer greves durante períodos curtos no fim de semana de abertura dos Jogos, segundo a RMT. Todas essas ações trabalhistas envolvem a reivindicação de abonos olímpicos. “"Embora tenhamos garantido bons acordos pelo reconhecimento e recompensa na Olimpíada para a vasta maioria dos nossos membros, ainda temos um pequeno grupo de empregados resistindo", disse Bob Crow, dirigente da RMT, em nota. “"Não podemos aceitar a flagrante injustiça, e chegou a hora de que esses empregadores aproveitem a oportunidade, se coloquem à mesa e assinem acordos que reconheçam o trabalho adicional e as pressões sobre esses funcionários."

 

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