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'A Sophia é determinada e não sossega enquanto não executa uma manobra'

Mãe de Sophia e Gabriel Medina fala sobre a escolha da filha pelo surfe

Por Paulo Favero
Atualização:

Você imaginava que ela iria escolher o surfe como caminho para trilhar no futuro?

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Não. Eu achava que ela iria jogar futebol, porque a Sophia jogava muito e fazia parte de um time sendo a única menina. Quando ela começou a surfar e a competir, foi bem difícil a fase da escolha. Ela ficou bem impactada, mas no final escolheu o surfe. Pesou o amor pelo irmão na hora da escolha, a admiração por ele.

É possível comparar o talento dela com o do Gabriel quando tinha a mesma idade?

Não, até porque o surfe feminino é diferente, a questão do biotipo, dos hormônios. Cada um tem sua gana, seu talento, sua história. A Sophia é determinada e não sossega enquanto não executa uma manobra. Ela vai além, mas do jeito dela, com a personalidade dela. O importante é que os filhos sejam felizes no que fazem.

Sophia Medina, surfista Foto: Gabriela Biló/Estadão

O processo que você teve com o Gabriel terá agora com a Sophia. É mais fácil?

É prazeroso igual. A relação é um pouco diferente dentro do esporte, as estratégias mudam. Lidar com uma menina é diferente de lidar com um menino. Como o Gabriel já nos deu uma experiência boa nesse processo, então fica um pouco mais fácil. A gente não vai errar no que já errou e vai melhorar no que já acertou. Eu acredito que é mais fácil.

Agora ela está recebendo patrocínio, vai ganhar o próprio dinheiro. Como lidar com isso em casa?

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É super tranquilo. A Sophia é uma garota bem consciente, não é de ficar gastando, ela pensa que pode investir em viagens para ganhar experiência, ou seja, quer usar no trabalho dela. É um compromisso, pois ela assume responsabilidades com a marca. Desde muito novinha ela não teve problema nenhum em fazer isso e encarar como algo prazeroso. As marcas também são muito tranquilas com crianças dessa idade, tudo é bem compatível, não tem nada que agrida.

O Charles, alem de seu marido, é técnico deles. Você pretende viajar com eles para as competições?

Eu vou junto, não vou ficar sozinha. Eu já vivo esse lado, tenho isso no Instituto, vivo o mundo do surfe. É tranquilo viajar para lá e para cá, cada hora dormir num lugar, não tem problema nenhum. E quando não der para ir vou ficar torcendo pela internet. Eu já vivo isso com o Gabriel. Agora vou perder o marido, que além de pai é técnico. Isso significa que vou ter que ir mesmo. E tem o Felipe, que não surfa mas está fazendo faculdade de Educação Física. Quando der a gente também arrasta ele.

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