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Acidente da Chapecoense faz número de jornalistas mortos bater recorde no mundo

Ao todo 144 profissionais morreram neste ano no exercício da profissão

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Por Jamil Chade e correspondente em Genebra
Atualização:

A morte de jornalistas no voo da Chapecoense faz do ano de 2016 o mais fatal para a imprensa na última década em todo o mundo. No total, a entidade PEC (Press Emblem Campaign) estima que 144 jornalistas foram mortos neste ano, em 31 países. Em uma década, um total de 1,2 mil jornalistas foram mortos no exercício de seu trabalho pelo mundo. 

O número de 2016, segundo a ONG com sede em Genebra, é o maior em dez anos. Mas não foi apenas o acidente que fez o total bater uma alta inédita. Segundo o secretário-geral da entidade, Blaise Lempen, “o preço de cobrir conflitos foi muito alto, om 2,8 jornalistas mortos a cada semana, em média."

Comentarista do Fox Sports, Victorino Chermont está entre os jornalistas que morreram em 2016 Foto: Reprodução/Twitter

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Excluindo os 20 jornalistas brasileiros mortos no avião do time de futebol, o Iraque aparece como o país mais perigoso para os jornalistas em 2016, com 16 vítimas. Na Síria, foram outros 14, contra 12 no Afeganistão e no México. No caso do Brasil, a violência contra jornalistas fez três mortos no ano, o mesmo número que a Líbia.

Na avaliação do grupo, Oriente Médio e a América Latina são os locais mais perigosos para os profissionais. 

Mas, além das mortes, a PEC alerta para o caso de 120 jornalistas detidos na Turquia, como resultado da repressão imposta pelo governo de Ancara depois do golpe de estado de julho. 

De uma forma geral, a guerra na Síria, desde 2011, gerou um número sem precedentes de vítimas entre os jornalistas nas últimas décadas. Apenas em cinco anos, mais de cem jornalistas foram assassinados no país. O número, segundo a PEC, não inclui ainda os profissionais que desapareceram ou que estão detidos em locais secretos. 

Entre 2007 e 2016, o segundo país mais perigoso para os jornalistas foi o Iraque, com 55 mortos. Com 50 vítimas, o Paquistão aparece na terceira colocação, seguido pelo México, com 46, Somália com 41, Brasil com 34 e Filipinas com 30. 

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