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Agora o desafio é na Libertadores

Palmeiras bate Cruzeiro por 3 a 1, de virada, e se concentra no Nacional, adversário de quarta-feira, no Uruguai

Por Amanda Romanelli
Atualização:

Se o confronto de ontem, diante do Cruzeiro, era o teste que o Palmeiras precisava para o duelo decisivo contra o Nacional, depois de amanhã, em Montevidéu, a torcida ficou mais confiante na possibilidade de o time avançar na Taça Libertadores. Depois de uma semana de treinos em Atibaia, repletos de atividades secretas, o técnico Vanderlei Luxemburgo mudou a postura tática de sua equipe, optou por formação com três zagueiros e conseguiu a vitória por 3 a 1, de virada, no início da noite, no Palestra Itália. Acesse e confira mais notícias do Brasileirão no canal do torneio Luxemburgo foi ousado. Em tempos de poupança de jogadores por causa de seguidas decisões no torneio sul-americano e nos compromissos no Brasileiro, o treinador preferiu colocar seus titulares em campo. Adilson Batista não fez o mesmo e deve ter se arrependido. O palmeirense, além de comemorar o resultado - seu time assumiu a 3ª posição na Série A -, também ficou satisfeito com a boa atuação de uma de suas principais armas: Keirrison. O jovem atacante, sensação do time no Campeonato Paulista, estava em fase de atrito com a torcida. Recebeu vaias em casa, ao ser substituído por Obina na partida contra o Vitória, na semana passada. Com os dois gols de ontem, pagou sua dívida. Em paz, foi substituído aos 40 minutos do segundo tempo. Dessa vez, só ouviu aplausos. O Palmeiras seguiu à risca o script de seus jogos do Campeonato Brasileiro como mandante, com exceção do clássico com o São Paulo. Assim como havia acontecido contra Coritiba e Vitória, levou primeiro o gol e, então, buscou a reação, até chegar à virada. Só o placar não foi o mesmo - as duas primeiras partidas terminaram em 2 a 1. O gol do meia Bernardo, de falta, aos 24 minutos, saiu após momento de muita pressão palmeirense - o goleiro Fábio salvou o Cruzeiro de levar pelo menos dois gols, em conclusões de Wendel e Williams. "Não seria justo sair perdendo. Eles deram um só chute, de bola parada, e tivemos várias oportunidades", disse o zagueiro Marcão, responsável pelo empate, aos 33 minutos, num chute em que a bola não ultrapassou totalmente a linha do gol. Ele saiu comemorando, o que ajudou a influenciar na decisão da arbitragem. O Cruzeiro, desentrosado, não conseguiu mostrar grande resistência. O Palmeiras pressionou e, aproveitando das brechas no meio-campo, chegou com facilidade à área adversária. Desmarcado, Keirrison recebeu bom cruzamento de Cleiton Xavier e virou a partida, aos 38. Da mesma maneira, arrancou para o gol que decretou a vitória, no início do segundo tempo. Agora o Palmeiras só pensa no jogo no Uruguai (1 a 1 na ida). Quer reviver o momento mágico passado por jogadores como Velloso, Sérgio, Alex, Evair, Cléber, Galeano e Júnior Baiano, todos presentes à homenagem realizada ontem, pela diretoria, em lembrança do título da Libertadores de 1999. Dez anos depois, não haverá presente melhor para a torcida do que a repetição daquele triunfo.

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