Alex Silva desabafa: ''Foi uma várzea''

São-paulino critica estrutura do Palestra Itália e gás no vestiário

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Por Martín Fernandez e Daniel Akstein Batista
Atualização:

Os são-paulinos reconheceram os méritos da vitória do Palmeiras, mas não economizaram críticas à organização do jogo. A reclamação maior foi em relação ao gás que invadiu o vestiário e não permitiu que eles ficassem no local no intervalo. O médico do clube, José Sanchez, revelou após o jogo que Muricy foi um dos mais afetados pelos efeitos do gás. ''Ele sofreu com náuseas, dores de cabeça e mal estar generalizado'', contou Sanchez. ''Nas poucas vezes em que resolveu sair do banco de reservas para dar instruções aos jogadores, Muricy passou mal.'' O zagueiro Alex Silva, por outro lado, adotou um discurso diferente. ''É claro que o gás no intervalo nos prejudicou'', avaliou. ''Não pudemos descansar nem conversar entre nós nem ouvir instruções do Muricy.'' E disse mais: ''Nunca tinha visto uma coisa como essa, foi uma várzea, parecia aqueles campos em que comecei a jogar futebol'', declarou o zagueiro, que ontem fez seu segundo jogo, após uma ausência de cinco meses, recuperando-se de cirurgia no joelho direito. Os jogadores do São Paulo também não usaram o vestiário após a partida. Apenas buscaram seus pertences, trocaram de roupa num corredor do Palestra Itália e foram de ônibus para o CT da Barra Funda sem conceder entrevista coletiva. A diretoria registrou um boletim de ocorrência no Juizado Especial Criminal (Jecrim). O médico do São Paulo reclamou muito da situação. ''Se nós não fizermos alguma coisa, os outros times que vierem aqui poderão sofrer também.'' Hernanes, melhor jogador da equipe, não quis atribuir a derrota a outros fatores, a exemplo da maioria dos colegas. ''Perdemos o jogo no campo'', afirmou o volante. ''Tentamos, fizemos o possível, mas o Palmeiras jogou melhor e venceu com méritos.''

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